FINANÇAS

Conta Um foca desbancarizados 484z40

A Conta Um é uma conta corrente virtual com cartão pré-pago. 4b5e4l

28 de julho de 2016 - 17:04
Pierre Schurmann, fundador da Conta Um. Foto: Divulgação.

Pierre Schurmann, fundador da Conta Um. Foto: Divulgação.

A Conta Um, uma conta corrente virtual com cartão pré-pago, quer crescer no mercado oferecendo um sistema de pagamento de salários para empresas com funcionários recebendo até dois salários mínimos. A empresa foca pessoas que muitas vezes recebem em dinheiro ou cheque por não terem conta bancária.

A empresa tem, atualmente, mais de 25 mil usuários ativos e espera fechar o ano com mais de 150 mil correntistas usando cartões Mastercard. Ao todo, 55 milhões de brasileiros que não possuem conta bancária.  

“É uma solução que pode ajudar muito as empresas nesta gestão, minimizando custos e aumentando o controle e segurança”, explica Pierre Schurmann, fundador da empresa.

No primeiro ano, ele acredita que 60% dos correntistas virão de acordos com companhias, especialmente supermercados, construtoras e companhias de transporte coletivo. 

Os segmentos são os mais impactados por terem funcionários com salários na faixa-alvo e muita rotatividade.

“Por não trabalharmos como um banco, há uma regulamentação diferente no Conta Um, o que elimina a burocracia. Para abrir uma conta no app basta informar nome e F”, detalha Schurmann.

A empresa que utiliza o sistema para pagar funcionários paga uma mensalidade para a Conta Um, que varia de acordo com o número de colaboradores.

Já os usuários que se cadastram no app pagam uma mensalidade de R$ 5 quando há atividade na conta. Além disso, há cobrança para algumas transações, como o TED, que custa R$ 4,90.

Segundo Schurmann, a ideia do negócio nasceu em 2015, a partir da inviabilidade do uso de boletos às empresas que necessitam fazer cobranças recorrentes de valores pequenos de clientes não bancarizados. 

“O público excluído desse sistema não tem o a serviços básicos por não possuir um perfil adequado ao modelo que os bancos buscam. O alto índice de desconfiança, tanto pelos possíveis correntistas quanto pelas instituições, afeta as possibilidades de relacionamento”, comenta.

Schurmann tem formação em istração de empresas pela Nova Southeastern University (EUA). Ele foi responsável pela estruturação tecnológica e captação de recursos para a Magalhães Global Adventure, que refez o trajeto feito Fernão de Magalhães, o primeiro navegador a contornar o globo terrestre.. 

Além disso, o fundador da Conta Um participou da co-fundação da Ideia.com e fundou a Zeek!, Conectis Experience Marketing, Experience Club, BPG Lojas Virtuais e Bossa Nova Investimentos.

A Conta Um é mais uma fintech a aparecer no Brasil, segmento que está em alta neste ano. No entanto, a empresa não entra na recente leva de bancos digitais fundados no país, por trabalhar com o cartão pré-pago.

O mais recente banco digital lançado no país foi o Neon, uma reformulação de modelo da startup Controly. O Neon oferece aos usuários uma conta corrente no app e um cartão de débito da Visa.

Com anuidade e taxas de manutenção, de abertura de conta e de emissão do cartão gratuitas, o faturamento do Banco Neon vem das porcentagens cobradas dos lojistas durante as compras e de parcelas de tarifas como TED, pagamentos, saques e da taxa de câmbio em compras internacionais.

Na conta Neon, o cliente pode fazer pagamentos, transferências, receber dinheiro via boleto e usar o cartão de débito. Os clientes tem direito a uma transferência gratuita mensal para outros bancos e um saque mensal sem custos nos terminais da Rede 24h. As demais transferências custam R$ 3,50, enquanto os demais saques saem por R$ 6,90.

O modelo do Neon é similar ao Banco Original, com diferença na exigência inicial para criar a conta e no cartão, que no caso do Neon é apenas de débito.

No Original, criado pela holding J&F Investimentos, é preciso ter renda mensal a partir de R$ 4 mil para se tornar cliente, pois a empresa trabalha com cartões de crédito das bandeiras MasterCard Platinum e Black.

Para atender às normas da legislação brasileira, o Original desenvolveu sua própria plataforma – um projeto que durou três anos, com investimentos da ordem de R$ 600 milhões.

O Banco Central faz uma série de exigências em relação ao cadastro de clientes de bancos por questões de segurança. Assim, ao fazer o cadastro no Original, o cliente precisa diversas fotos para reconhecimento, além da documentação e de uma que pode ser feita digitalmente. 

As mudanças na legislação parecem estar alavancando essa nova onda de fintechs.

Em abril, o Banco Intermedium, instituição financeira fundada pela MRV Engenharia, também tornou possível a realização de todo o processo de abertura de conta pelo celular, através do aplicativo para dispositivos móveis.

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