Conteúdo é o gargalo do 3D 5s715q

A produção de conteúdo pode vir a ser o gargalo para a expansão doméstica da televisão em três dimensões, que desponta como o hit tecnológico de 2010.

Quem opina é James Cameron, diretor de Avatar, filme 3D lidera bilheteria no Brasil há sete semanas e já gerou uma receita de quase US$ 2 bilhões, o maior sucesso comercial da história do cinema.
02 de fevereiro de 2010 - 17:41
Conteúdo é o gargalo do 3D
A produção de conteúdo pode vir a ser o gargalo para a expansão doméstica da televisão em três dimensões, que desponta como o hit tecnológico de 2010.

Quem opina é James Cameron, diretor de Avatar, filme 3D lidera bilheteria no Brasil há sete semanas e já gerou uma receita de quase US$ 2 bilhões, o maior sucesso comercial da história do cinema.

De acordo com Cameron, que fez a palestra mais aguardada do SolidWorks World 2010 nesta terça-feira, 02, não há sequer camêras suficientes para suprir a demanda da nova febre da sétima arte.

"Minha empresa tem 20 e nosso principal concorrente algo perto disso. E é só", afirma o cineasta canadense, lembrando que projeções de mercado já falam em 14 milhões de aparelhos 3D no mundo em 2011. LG,  Samsung, Panasonic e Sony já prometeram lançamentos na área para este ano.

Para Cameron, o sucesso de Avatar rompe o estigma em torno do cinema 3D – lançamentos anteriores, ainda que não tenham gerado prejuízo não conseguiram uma fração do sucesso do filme – e coloca a tecnologia como a nova fronteira da indústria cinematográfica.

"São filmes que tem um apelo que leva espectadores para as salas e incentiva o investimento dos donos de cinemas", acredita o diretor, que, de acordo com a Business Week, investiu pelo menos US$ 12 milhões de seu próprio dinheiro da produção, que tem custo estimado em US$ 300 milhões.

Do topo ao fundo
Depois de atingir os píncaros da glória com Avatar, Cameron prepara uma descida ao fundo do poço. Literalmente.

O próximo projeto do cineasta é entrar em uma cápsula e filmar o fundo da Falha das Marianas. Localizado no Pacífico, o acidente geográfico tem 69 quilômetros de profundidade no seu ponto mais baixo, onde a pressão é 1 mil vezes superior à do nível do mar.

Cameron, que depois do sucesso de Titanic em 1997 fez uma série de documentários sobre o fundo do mar usando tecnologia 3D, deve entrar ele mesmo no módulo atualmente em desenvolvimento para cumprir a missão.


Maurício Renner participa do SolidWorks World 2010 em Anaheim à convite da SolidWorks e escreve as matérias em um notebook HP Compaq 2510p cedido pela HervalTech.