
Funcionários dos Correios. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil.
Os Correios decidiram acabar com o home office na empresa, com um retorno aos escritórios previsto para todos os funcionários a partir 23 de junho de 2025, salvo decisão judicial contrária.
A medida faz parte de um plano mais amplo para contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado em 2024 e melhorar o fluxo de caixa da estatal.
Também estão previstos o incentivo à jornada de 6h diárias, com redução salarial e uma redução de 20% do orçamento de funções e cargos comissionados.
Como muitas outras estatais, os Correios embarcaram no home office como uma reação ao coronavírus, em março de 2020. A partir de 2023, a empresa adotou modelos híbridos ou de teletrabalho integral em certas áreas.
Os Correios não chegaram a justificar em detalhe a decisão de acabar com o home office, um modelo de trabalho que, em tese, tem como vantagem a redução de custos para o empregador em aluguel de escritórios e outros recursos.
Pessoas de boa fé podem pensar que a gestão dos Correios visa reduzir custos aumentando a eficiência, o que, novamente em tese, poderia ser obtido com a volta do trabalho em escritórios.
Por outro lado, os Correios também prorrogaram o programa de Desligamento Voluntário. Sair de casa para trabalhar pode ser um incentivo para alguns funcionários aderirem.
É a primeira vez desde 2016 que os Correios registram um prejuízo bilionário. A empresa espera que, com o engajamento dos cerca de 86 mil funcionários, seja possível economizar R$ 1,5 bilhão em 2025.