Crise não afeta modelo de negócio web c5j4q

A crise deflagrada pelo mercado financeiro americano, que já repercute em outros países e nos planos da economia real, não deve afetar os negócios baseados na Internet.

Pelo menos é o que acredita o Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired e grande guru da web do momento, que esteve em Porto Alegre nesta quarta-feira, 08. Principal atração do IV Fórum de Internet Corporativa da Agadi, ele falou para um interessado público de mais de 300 pessoas.
08 de outubro de 2008 - 14:26
Crise não afeta modelo de negócio web
A crise deflagrada pelo mercado financeiro americano, que já repercute em outros países e nos planos da economia real, não deve afetar os negócios baseados na Internet.

Pelo menos é o que acredita o Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired e grande guru da web do momento, que esteve em Porto Alegre nesta quarta-feira, 08. Principal atração do IV Fórum de Internet Corporativa da Agadi, ele falou para um interessado público de mais de 300 pessoas.

“Quando você não tem dinheiro, de graça é um ótimo preço”, brinca Anderson, fazendo menção à ampla gama de serviços gratuitos disponíveis online, assunto principal do seu aguardado livro "Free", que deve ser entregue nas próximas três semanas e publicado em junho de 2009.

Anderson ite que a crise pode sim ter influência no número de internautas dispostos a pagar pela versão dos serviços gratuitos e também na quantidade de anunciantes dispostos a bancá-los por meio de publicidade.

“De qualquer forma, você não precisa de muitos pagantes, porque o custo de manutenção é muito baixo”, contrapõe o especialista, argumentando que os custos de processamento, armazenagem e banda estão em queda e cada vez mais próximos de zero.

Otimista, o autor do best seller "A cauda longa" acredita que o período de crise – “18 meses nos quais nada vai acontecer” - pode ser inclusive uma boa época para abrir um novo negócio online.

“Dá tempo para estruturar a operação e estar funcionando a pleno vapor quando o ciclo econômico estiver novamente em alta”, avalia Anderson. “Acabou o tempo em que eram necessários grandes financiamentos para investir na web. Eu faço isso todo tempo, usando só meu cartão de crédito”, finaliza o americano.

Um modelo para mercados emergentes
Para Anderson, países como o Brasil, nos quais a venda de computadores e o o à banda larga estão em alta, são “feitos à medida” para o modelo de negócio baseado em serviços grátis com extras pagos – que ele chama Freemium.

“Na Índia e na China, videogames viraram um negócio bilionário assim”, exemplifica o escritor. De acordo com ele, a lógica dos games pagos nesses países foi substituída por o grátis e pequenos pagamentos extra nas contas de telefone ou cartões pré-pagos, por exemplo.

Comentário no Quentinhas
A palestra de Chris Anderson foi comentada pelo editor do Baguete, Maurício Renner, em três posts no blog Quentinhas. Confira a opinião do jornalista pelos links relacionados abaixo.