
Mário Bastos, DBServer
A gaúcha DBServer fechou contrato de R$ 1,8 milhão com o Banrisul para consultoria na área de teste de aplicações do banco.
Há um mês, uma equipe de 11 profissionais da empresa – um gestor, quatro analistas e seis testers – está dentro do Banrisul, acompanhando e organizando os processos de controle dos programas da instituição.
“Estamos lá pra meter a mão na graxa com eles”, diz Mário Bastos, um dos sócios da empresa.
Preço e experiência
Para pôr a mão no contrato, porém, a DBServer teve que bater nomes de peso no mercado, como Stefanini, M Braxis e HCL – só a rival brasileira espera fechar o ano com faturamento de R$ 1,25 bilhões, 125 vezes maior que o da gaúcha que levou o projeto.
Nome grande, no entanto, não assusta.
No leilão realizado em 01 de junho, o grupo gaúcho bateu, com a melhor oferta “e expertise”, destaca Bastos.
“Já trabalhamos para Visanet, CEF, HSBC, DLL... temos bastante experiência na área financeira”, comenta o executivo.
Agora, a DBServer ajudará no monitoramento e avaliação de performance de todos os dispositivos e aplicações financeiras, das emissões de notas aos serviços que atendem diretamente os três milhões de correntistas do banco.
“Nessa área tudo é operação crítica”, relembra Bastos. “O trabalho tem que ser muito atento”.
Os 11 hoje trabalhando dentro do Banrisul poderá se tornar 32 ao longo dos 12 meses de contrato entre a companhia porto-alegrense e instituição bancária.
Segundo Bastos, o próprio banco chamará novos reforços, pela demanda.
Força para crescer
Contrato válido desde o dia 22 de agosto, o edital do Banrisul só deve ter reflexos no orçamento da DBServer em 2012.
Para até o final do ano, a meta é chegar a R$ 10 milhões de faturamento – alta de 20% sobre o ano ado – com previsão de alta de 20% a 30% para o próximo ano, a aproximadamente R$ 13 milhões.
O resultado representará a volta por cima da companhia, que terá recuperado os níveis de faturamento obtidos no final de 2008, antes da redução dos contratos junto à HP e Tlantic.
Quando decidiram internalizar grande parte do desenvolvimento de software que antes terceirizado, as multinacionais instaladas no Tecnopuc respondiam sozinhas por mais de 30% da receita da DBServer.
Recuperação gradual
A recuperação foi paulatina, baseada em um ritmo de crescimento anual médio de 30%, com R$ 9 milhões no final de 2010 e R$ 11 milhões previstos para o final desde ano.
Em vias de se recuperar totalmente no aspecto financeiro, a DBServer é hoje uma empresa mais saudável do ponto de vista de gestão, com um faturamento distribuído mais equitativamente entre os clientes, que incluem Lojas Renner e Zaffari.
Uma unidade aberta em Caxias do Sul há 1,5 ano já fechou contratos com Randon Consórcios, Metadados, Dakota e Procad.
Banrisul e a TI
Com 99,7 milhões de transações via home ou office banking, movimentando R$ 78,6 bilhões em 2010 no Banrisul – um aumento de 21,9% frente ao volume de transações de 2009, o banco tem feito investimentos significativos na área de TI.
Só um data center novo custará R$ 43 milhões ao banco.
No ano ado, o Banrisul alcançou lucro líquido de R$ 741,2 milhões – 37% acima do registrado no ano anterior.