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De CEO a COO: quando mudar é positivo na carreira? 4c4p69

O Chief Executive Officer é quem faz as promessas, o Chief Operating Officer é quem as cumpre. 3x6p6n

11 de setembro de 2020 - 11:03
Marcia Asano, COO e DPO da WAVY Global. Foto: divulgação.

Marcia Asano, COO e DPO da WAVY Global. Foto: divulgação.

Para muitas pessoas, falar ou mesmo pensar em mudanças, é motivo de arrepios. Mas, a meu ver, quando se pensa em melhoria contínua, é preciso encarar esse gigante e ir para cima dele.

Muitas pessoas me perguntam o motivo de colocar de lado o cargo de CEO de uma startup, para assumir como COO de uma empresa maior.

Inclusive essas pessoas também me perguntam, de fato, qual a diferença entre o papel desses dois cargos, e eu gosto de explicar dizendo que o Chief Executive Officer (CEO) é quem faz as promessas, o Chief Operating Officer (COO) é quem as cumpre, sejam elas para clientes, acionistas, funcionários ou parceiros.

Mas na conjuntura do COO, a maior atribuição é tirar algo do papel, e depois fazer isso escalar. Ou seja, conseguir conciliar os desafios de trazer algo novo sempre, mas ao mesmo tempo, fazer com que a operação rode bem e escale, gerando cada vez mais margem e lucro para a empresa, sem esquecer as outras áreas que também são fundamentais no negócio, como a de pessoas.

Em todo caso, ambos têm a missão de olhar além do negócio, e a cabeça de qualquer C-Level exige se questionar sempre: eu investiria nessa ideia? Ela tem um retorno atraente? Daqui a cinco anos ainda será chamativa? Esse negócio perante os outros é mais atrativo aos investidores? Entre outras questões.

Para mim, esse tipo de desafio, o de estar sempre em constante evolução, é o que salta e brilha aos olhos, e foi o chamariz para efetivar a mudança na carreira.

Se a empresa que você trabalha possibilita a oportunidade de ter o senso de ownership (sentimento de propriedade), e você deseja fazer parte do projeto de uma maneira mais profunda, ali, lado a lado com a equipe, mudar o direcional, sem dúvidas, será positivo na sua carreira.

Somado a isso, no meu caso, ainda tinha um bônus, o de ajudar a resolver uma cadeia completa do mercado que ainda pode melhorar muito, uma vez que em nosso negócio otimizamos a experiência do consumidor em todos os níveis. Então eu tinha a possibilidade de usar intensamente Inteligência Artificial, bem como impactar nossos serviços a nível global. E isso já são motivos suficientes para minha escolha de transição.

Além disso, ter ocupado as duas posições mais de uma vez, me trouxe uma versatilidade de pensar com os dois chapéus, já que conheço o desafio de um CEO, para liderar as transformações, e sei também que não basta liderar se as conquistas resultantes das mudanças não se concretizarem. Ressalto ainda que é vital que este papel esteja nítido para o profissional.

Com a decisão tomada, há inúmeros aprendizados que eu levo como experiência para o desafio de ser a Chief Operating Officer. Mas o maior deles, que tive ao ser CEO de uma startup, é saber fazer um verdadeiro pitch do negócio.

Fazer ‘Pitch Deck’ do seu negócio, te provoca a pensar por que você lançaria esse serviço? Qual o verdadeiro valor deste negócio? Qual o mercado? Ele está no timing certo? Que problema está resolvendo? E por que somos nós que devemos fazer isso? Esse tipo de questionamento ajuda muito a refletir a nossa rotina, e entender se estamos caminhando na direção e na velocidade certa.

Já a minha vivência em uma grande organização, me ajuda a pensar em como entregar valor aos clientes, ao mesmo tempo que o aprendizado em uma startup me provoca a mudar e não me acomodar com as escolhas.

Dito tudo isso, ainda vale lembrar que dominar bem todos os temas do negócio é essencial para ter uma visão completa da empresa. Também, independente de CEO ou COO, amarrar as pontas de diversas áreas faz parte do trabalho e é um pré-requisito a esses profissionais.

Aliás, considero essencial conseguir equilibrar que os setores trabalhem em sintonia, posto que, comandos separados podem criar silos, e sobretudo em meio à uma crise global, ter uma equipe unificada e forte, faz a diferença tanto no âmbito do dia a dia, quanto no resultado final para o cliente.

*Por Marcia Asano, COO e DPO da WAVY Global.

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