FUSÃO

Dell + EMC: como fica o Brasil 1j2u3a

A Dell anunciou nesta semana a conclusão da compra da EMC por US$ 60 bilhões. 6x3j64

08 de setembro de 2016 - 16:40
Luis Gonçalves, presidente da Dell no Brasil. Foto: Divulgação.

Luis Gonçalves, presidente da Dell no Brasil. Foto: Divulgação.

A Dell anunciou nesta semana a conclusão da compra da EMC por US$ 60 bilhões, a maior fusão já feita no mercado de tecnologia. 

A nova companhia, batizada de Dell Technologies, não irá alterar o modelo atual de fabricação local das duas empresas no Brasil ou mudar a estrutura dos centros de desenvolvimento existentes no país.

Enquanto a Dell conta com um centro de desenvolvimento de software no Rio Grande do Sul, sediado no Tecnopuc, parque tecnológico da PUC-RS, e a EMC inaugurou, em 2014, seu centro de pesquisa e desenvolvimento em big data localizado no Parque Tecnológico da UFRJ. 

A empresa não abre números totais de funcionários, mas no centro gaúcho há um time de 900 profissionais. No Brasil, de acordo com informações obtidas pelo Baguete, seriam 4 mil no total.

"Nos processos de pequisa da EMC em big data, o que faltava era uma equipe mais focada no desenvolvimento de aplicações, que é exatamente o que a Dell tem, então há muita sinergia na área de P&D. Globalmente, a Dell Techonologies irá investir US$ 4,5 bilhões ao ano em pesquisa e desenvolvimento", relata Carlos Cunha, presidente da EMC no Brasil.

A empresa não prevê o corte de funcionários a partir da fusão. No Brasil, a Dell Technologies tem escritórios nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Com a união das empresas, a Dell Technologies vai abrigar as áreas de Consumer e Commercial, de responsabilidade da Dell, e a Enterprise, foco da Dell EMC. No Brasil, a estratégia de go-to-market será como a de três empresas coexistentes, enquanto em países de menor importância para a empresa, a operação será unificada.

A Dell será a empresa focada nas soluções computacionais, enquanto a Dell EMC atua com soluções de infraestrutura e serviços.

Por enquanto, não há definição sobre as lideranças da Dell Technologies no Brasil. Luís Gonçalves, presidente da Dell, e Cunha, da EMC, ainda dividem o comando das empresas.

A fabricação local de equipamentos como PCs, servidores e appliances de storage continuará como é feita hoje por Dell e EMC, sem a integração das fábricas e sem a exclusão de itens de portfólio que podem ser concorrentes.

"Mesmo com as duas empresas atuando com armazenamento, há pouco overlap no portfólio, pois a EMC trabalha com a linha mais high-end. Quando houver um caso em que os dois fabricantes se encaixem, o ambiente do cliente ditará qual o mais adequado", relata Cunha.

Para os canais, não haverá uma mudança imediata. Até fevereiro de 2017, os programas das duas companhias atuarão em paralelo - globalmente e no Brasil.

"A partir de fevereiro, o programa será unificado, e estamos em um processo de conversa com as revendas para manter os pontos mais importantes de cada programa atual. Além disso, os canais mais significativos para as duas companhias em termos de receita hoje já atuam com ambas as marcas", relata Gonçalves.

O novo programa será focado em parceiros de negócios unificados, com registro de oportunidades para proteger as contas e acordos. 

No Brasil, a Dell tem 240 parceiros, distribuídos em 80 no nível mais alto, 120 no nível intermediário e 50 no de entrada. Além disso, a companhia tem 1,2 mil revendedores trabalhando atrás de distribuidores.

Em maio do ano ado, a companhia agregou a Ingram Micro ao seu canal de distribuição no país, que vinha contando só com a Network1 desde o começo de 2014.

A fusão que resultou na Dell Technologies levou cerca de 11 meses e foi complexa pois a Dell, que é uma empresa privada, adquiriu não só a EMC, mas suas subsidiárias detidas de forma integral e parcial. 

Essas empresas são RSA Security, Pivotal Software, Virtustream e VMware, que permanecerá pública. O CEO da Dell, Michael Dell, agora integra o conselho da VMware.

A Dell Technologies emprega cerca de 140 mil pessoas no mundo e stem sede em Hopkinton, Massachusetts, onde a EMC estava localizada.

Com receita de US$ 74 bilhões, a nova companhia é maior empresa de tecnologia de capital fechado no mundo.

* Júlia Merker viajou a São Paulo a convite da Dell.

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