
Marco Fisbhen, CEO da Descomplica. Foto: Divulgação.
O Descomplica, uma startup brasileira de ensino à distância, acaba de levantar R$ 450 milhões de investidores, no que está sendo divulgado como a maior rodada de investimento já feita em uma EdTech na América Latina.
Os fundos Invus Opportunities e SoftBank lideraram o aporte, que contou com uma série de nomes de grife, como a Chan Zuckerberg Initiative (CZI), da esposa do fundador do Facebook, e até o guitarrista da banda irlandesa de rock U2 The Edge.
Nada mal para um negócio que nasceu no apartamento de Marco Fisbhen, um professor de física que começou a publicar vídeos de preparação para o vestibular na Internet em 2011.
A empresa seguiu por esse caminho, agregando vídeos em reforço escolar, preparação para vestibulares (a empresa afirma já ter 80% do mercado de preparação online para o Enem) e nos últimos anos, também graduação e pós-graduação.
A empresa entrou em pós-graduação em 2019, chegando a 30 mil alunos no ano ado, cobrando valores entre R$ 800 e R$ 1 mil, pagos em até 12 parcelas.
Em agosto de 2020, o Descomplica investiu R$ 55 milhões e lançou cursos de graduação credenciados com nota máxima pelo Ministério da Educação.
No primeiro semestre, acumulou mil alunos em cursos de istração, Ciências Contábeis, Pedagogia e Recursos Humanos. A mensalidade dos cursos de graduação varia entre R$ 199,90 e R$ 219.
Ao todo, a startup conta com 5 milhões de alunos, entre clientes diretos e por meio de parcerias para mensalidades subsidiadas por instituições como Claro, Natura e o governo do estado de São Paulo.
"Queremos construir a maior faculdade do Brasil, chegando rapidamente a um milhão de alunos no modelo 100% digital. Oferecemos modelos inovadores e capazes de inserir o aluno diretamente no mercado de trabalho", diz Fisbhen.
Ao longo do ano, o Descomplica dobrou o número de funcionários e hoje já chega a quase 600 colaboradores - além de contar com 100 vagas abertas no momento.