
Carlos Pádua, vice presidente de Tecnologia da Diebold Brasil
A Diebold Brasil, especializada em automação bancária, recebeu pedido adicional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fabricação de novo lote de urnas eletrônicas, elevando o volume contratado em janeiro de 2010 de 250 mil para 312 mil.
O valor do contrato é de R$ 143 milhões.
De acordo com o pedido do TSE, as urnas adicionais são para “acompanhar o crescimento vegetativo do eleitorado e renovar o parque de urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral, substituindo os modelos ano 2000 que, até 2012, estarão obsoletos e sem condições de uso”.
Ainda segundo a instituição, a compra antecipada possibilitará uma economia estimada em 30%, uma vez que aproveitará licitação pública realizada em 2009 e vencida pela Diebold.
Biometria
Com a ampliação do lote, agora cerca de 85% do parque de urnas do TSE contará com recursos biométricos.
Estas funções, porém, só serão usadas em todo o país após o recadastramento de 100% do eleitorado, previsto para 2018.
Mais produção, novas contratações
As mais de 117 mil novas urnas serão produzidas na fábrica da Diebold em Santa Rita do Sapucaí-MG entre agosto e dezembro de 2011.
Para isso, a empresa deverá contratar mais de 300 funcionários extras naquele período.
Carlos Pádua, vice presidente de Tecnologia da Diebold Brasil, destaca que esta versão da urna produzida em 2010 e agora em 2011 é a mais avançada já desenvolvida.
“O novo modelo possui tela colorida um pouco maior e o terminal do mesário conta com um display LCD de 2 polegadas para conferência da foto do eleitor”, afirma Pádua.
Além disso, há novos dispositivos que ampliam as opções de segurança, o que exigiu à Diebold o desenvolvimento de uma nova motherboard.
“Com isso, a urna já sai de fábrica travada e jamais aceitará qualquer programa que não tenha a do TSE. Nossos engenheiros também criaram uma urna mais econômica em termos de consumo de energia, o que é ecologicamente correto e otimiza o uso da bateria”, afirma Pádua.
Nos testes feitos pelo TSE, segundo o VP a nova urna comprovou autonomia de bateria de mais de 10 horas.
Nas eleições de 03 de outubro de 2010, a máquina foi aprovada pelos usuários, conta o executivo da Diebold.
“De acordo com balanço TSE, no primeiro turno apenas 0,54% das cerca de 450 mil urnas tiveram de ser substituídas por equipamentos de reserva e somente seis em todo o Brasil tiveram que ar para o voto manual”, finaliza o VP.
A Diebold é especializada em sistemas de autoatendimento integrados e segurança. A companhia emprega cerca de 17 mil funcionários, com representantes em mais de 90 países e matriz em Canton, EUA.
No Brasil, é a principal fornecedora de produtos para automação bancária, com 60% de market share.
A sede local, que emprega 3,2 mil colaboradores, fica em São Paulo. Já a carteira de clientes no país soma 15 nomes só no segmento bancário.
Além disso, no fornecimento de equipamentos para automação eleitoral a Diebold foi responsável pela fabricação das urnas eletrônicas para as eleições de 1998, 2000, 2004, 2006, 2008 e 2010.
A empresa também fornece equipamentos para os setores de indústria, comércio, governo, saúde e utilities, além de serviços de outsourcing, segurança, infraestrutura e e técnico.