
"Esse ERP roda tranquilo mais uns anos". Foto: Divulgação/Dpaschoal.
A DPaschoal, líder no varejo de peças e serviços automotivos, fechou um contrato de e terceirizado de sete anos para o seu sistema de gestão ECC 6.0 da SAP com a Rimini Street.
Com o contrato, a Rimini assume o e e manutenção do ECC, permitindo à DPaschoal adiar o upgrade para o S/4 Hana, a nova versão do ERP da SAP.
“Não queríamos atualizar ou substituir nosso ERP, mas sim maximizar os investimentos já realizados no sistema atual. O ERP é o sistema que sustenta a empresa, por isso precisamos de uma solução robusta que funcione sem falhas ou interrupções”, afirma o CIO do Grupo DPaschoal, Osvaldo Keller.
Em nota, a Rimini frisa que a DPaschoal avaliou que não havia “retorno de investimento significativo” na troca no “curto e médio prazos”, uma vez que o upgrade “não se reverteria em benefícios diretos para o processo de transformação da DPaschoal”.
“O que antes era gasto com manutenção de sistemas agora pode ser investido em estratégia de crescimento e transformação do negócio, por meio da oferta de mais e melhores experiências digitais ao cliente DPaschoal”, agrega Keller.
A DPaschoal tem tudo para ser um cliente vitrine da Rimini no Brasil.
Com faturamento na casa do R$ 1,6 bilhão em 2020, 130 lojas pelo país vendendo um catálogo de 80 mil itens de 80 fornecedores diferentes, a DPaschoal é grande e tem uma operação complexa.
Além do mais, trata-se de uma empresa que investe bastante em tecnologia. No começo do ano, Luis Norberto Pascoal, presidente da empresa, revelou investimentos de R$ 100 milhões em tecnologia nos últimos anos.
Eles incluem iniciativas sofisticadas como o compartilhamento de informações de estoque diretamente com os fornecedores, o tipo de coisa que é feita por grandes players do varejo como Carrefour.
Esses projetos incluem também investimento em outras soluções novas da própria SAP, como o C/4 Hana, o lado de software para relacionamento com clientes correspondente ao S/4, que a DPaschoal implantou ainda em 2019.
Tudo combinado estabelece o quadro que compõe o pitch de vendas da Rimini para grandes clientes SAP: economize dinheiro postergando a migração para o S/4 ao máximo (2030, por exemplo, quando a SAP encerra o e para o ECC) e gaste dinheiro em alguma outra coisa.
De acordo com a Rimini, um departamento de TI típico gasta 90% do seu orçamento com a manutenção de sistemas já existentes. A empresa promete reduzir esse valor para 60%, liberando verbas para iniciativas em áreas mais quentes como analytics, inteligência artificial ou segurança.
A companhia é líder no mercado de e terceirizado, com uma participação de 83% segundo o Gartner.
A Rimini está no Brasil desde 2011 e tem atualmente 120 clientes no país, incluindo Algar Telecom S.A, Bombril, Cacau Show e FL Energia.
A empresa dá e para SAP, Oracle e Salesforce, mas, pelo menos no Brasil, a grande maioria dos contratos divulgados é na base SAP, o que pode ter a ver com a pressão que a multinacional alemã tem feito sobre a base para migrar para o S/4.