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Receita digital da EA cresceu para US$ 1,3 bilhão no último ano. Foto: flickr.com/photos/ea_gamescom/
A Electronic Arts, uma das grandes mundiais no ramo de desenvolvimento de games, aposta no fim da venda de jogos em mídias físicas para o futuro.
Segundo o vice-presidente de operações da empresa, Peter Moore, o foco é expandir a linha de produtos gratuitos e para aparelhos móveis, conforme matéria da agência Reuters.
A EA, sediada em Redwood, Califórnia, é a distribuidora por franquias de sucesso como "Battlefield" e "Fifa Soccer". "O modelo de negócios da EA está em evolução, com a alta na receita dos jogos online e móveis", destacou o vice-presidente.
Segundo Moore, a previsão é de que dentro de dois ou três anos, a empresa estará faturando mais na mídia digital do que na física, mencionando o crescimento na receita digital da EA para US$ 1,3 bilhão nos 12 últimos meses.
Sobre a expansão dos games online e em mídias sociais, investidores estão apreensivos sobre a capacidade das produtoras tradicionais de videogames para concorrer com rivais como a Zynga, que distribui a maioria de seus jogos via Facebook, que são disponibilizados gratuitamente. O faturamento vem da compra de produtos que melhoram o desempenho do usuário no jogo.
MENOS GASTOS, MAIS VENDAS
Além da EA, outras majors do ramo, como a Activision Blizzard e Take-Two Interactive Software estão em apuros para manter o crescimento de receita, à medida que os usuários estão abandonando os games do tipo AAA (grandes orçamentos e preços mais caros), migrando para os jogos casuais e sociais, na Internet e em aparelhos móveis como tablets e celulares.
Conforme pesquisa do NPD Group, as vendas norte-americanas de jogos em formato físico caíram em 20% em julho, para US$ 548 milhões, o equivalente a cerca de 50% do gasto total dos consumidores com jogos de computador.
O dinheiro gasto com aplicativos para aparelhos móveis e jogos em redes sociais foi estimado em US$ 439 milhões pela NPD.