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Ebanx é uma fintech brasileira em alta. Foto: Divulgação.
A Ebanx, empresa de processamento de pagamentos que é um dos destaques na cena fintech brasileira, está adotando o software de gestão S/4 Hana da SAP.
O projeto, que ainda está em fase de “estruturação” tem tudo para ser um dos maiores do país em 2021, iniciando em quatro países: Brasil, México, Reino Unido e Cingapura, segundo divulgou recentemente a SAP. Como muitas iniciativas desse porte, a consultoria é da diretamente da própria SAP Consulting.
O interessante é que a Oracle havia anunciado em 2018 um projeto para implementação no Ebanx do Netsuite, seu software de gestão na nuvem, para fazer a gestão do seus processos de back office, a mesma área que deve ar a ser atendida pela SAP.
Segundo o Baguete pode averiguar com fontes próximas, a Ebanx está substituindo a solução da Oracle pela da SAP. Procuradas, nem a SAP nem a Ebanx dão mais detalhes sobre o assunto.
O início do projeto com Netsuite no Ebanx foi anunciado em setembro de 2018 pela Oracle.
De lá para cá, a Ebanx cresceu bastante. Em 2018 ela tinha 37 milhões de usuários (o número hoje é o dobro) e tinha acabado de levantar US$ 30 milhões (em maio, a empresa recebeu um aporte de US$ 430 milhões).
A empresa também está se tornando mais complexa. O foco inicial, e o principal negócio até hoje, é intermediar o pagamento de serviços como Spotify, Uber, Shopee, Alibaba e Amazon no Brasil.
Mas a empresa tem feito movimentos que indicam ambições maiores, como a compra de uma fatia de 30% do banco Topázio, instituição financeira gaúcha ligada ao grupo Ernesto Corrêa.
Não parece bem o perfil típico de cliente do Netsuite, que foi comprada pela Oracle em 2016, por US$ 9,3 bilhões, sua maior compra em mais de uma década, mas que se concentra mais em pequenas e médias empresas.
A NetSuite chegou ao Brasil em 2009, quase 10 anos depois de ser fundada na Califórnia, por meio da catarinense SuitePlus, então sua parceira exclusiva no país.
A presença no país foi muito discreta até a compra pela Oracle, quando se tornou só discreta.
A Oracle fez um movimento interessante sobre o produto Netsuite no Brasil, que mostra que ela tem expectativas para o mercado nacional.
Em 2019 a gigante americana comprou a Oxygen Systems, uma companhia brasileira especializada no sistema de gestão na nuvem.
O acordo foi divulgado de maneira sucinta no site da gigante, sem abrir valores, ou fazer grandes comentários, o que é uma conduta incomum nesse tipo de operação.
Na nota, a Oracle disse apenas que a Oxygen Systems provê localização para os “complexos requerimentos tributários para empresas com operações no Brasil” e que a compra entregará uma experiência de localização “seamless” para o ERP.