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Ello venderá upgrades no site 1d1249

O CEO da rede diz que recebe milhares de e-mails sugerindo recursos pelos quais os usuários estariam dispostos a pagar. g4537

01 de outubro de 2014 - 13:01
CEO do Ello, Paul Budnitz. Foto: Divulgação.

CEO do Ello, Paul Budnitz. Foto: Divulgação.

A rede social Ello quer viabilizar economicamente o portal vendendo aos usuários upgrades na sua experiência, transformado a rede em uma plataforma que pode ser personalizada a partir de apps desenvolvidos pela empresa ou com a ajuda de terceiros.

“Estamos construindo algo como uma App Store. Assim, na versão básica de Ello, será possível contar com todas as ferramentas que fazem parte dessa versão. Quem quiser melhorar o site com algumas características específicas poderá ativá-las pagando um ou dois dólares, assim como um aplicativo”, explica o CEO do Ello, Paul Budnitz, em entrevista ao Re/Code.

Por ser uma rede inicialmente criada por designers e artistas, um dos pedidos dos usuários é que seja possível ter duas páginas na rede, uma pessoal e outra profissional, para divulgação de trabalhos.

“Para adicionar outra conta ou nome de usuário em um mesmo , nós vamos cobrar um dólar ou dois dólares, não sabemos quanto exatamente. É uma ferramenta muito útil para um usuário avançado, mas não é algo necessário para todos”, comenta Budnitz.

O Ello é a última febre da Internet, agregando entre 40 mil e 50 mil novos usuários a cada hora, mesmo aceitando somente pessoas que recebem um convite (alguns dos últimos usuários relatam que ingressam na rede mas não tem convites disponíveis, o que pode ser um sinal de que a conta na Amazon está ficando alta demais).

Um dos principais pontos de discussão sobre o site tem sido sua proposta de não conter anúncios, o que muitos vêem como uma política “anti-Facebook”. Mas, segundo o CEO do Ello, Paul Budnitz, a rede não chegou para duelar com o site de Zuckerberg.

“Nós não consideramos o Facebook uma rede social. Pensamos nele como uma plataforma de publicidade. Quando começamos a criar Ello, nós tentamos apagar tudo que sabíamos e começar do zero, tentando construir o que queríamos”, relatou Budnitz.

Ao Business Insider, o CEO comentou que recebe milhares de e-mails sugerindo recursos pelos quais os usuários estariam dispostos a pagar. Outro exemplo citado por ele foi a possibilidade de comprar, por poucos dólares, um pacote de emojis desenhado por um artista de rua popular.

No entanto, para James McQuivey, analista de tecnologia da Forrester, o modelo tradicional de uma rede social gratuita tem sido a chave do sucesso.

"Você não convida seu amigo para se conectar com você se isso custa dinheiro para ele. Além disso, mesmo no mundo da música digital, em que há muitas opções pagas, a maioria das pessoas opta por não fazer isso", afirmou, em entrevista a BBC.

Uma rede que funciona no modelo de vendas de upgrades é o LinkedIn, que permite que usuários pagos entrem em contato com mais pessoas, vejam mais opções nas buscas, saibam mais sobre visualizações de perfil, entre outras opções.

Mas o uso focado na vida profissional da rede pode indicar que pessoas e empresas fazem esse tipo de investimento para garantir melhores resultados, o que pode não se aplicar para o Ello na hora de comprar emojis, por exemplo.

Com vendas da App Store, a Apple arrecadou mais de US$ 10 bilhões em 2013. A loja oferece mais de um milhão de aplicativos para usuários de iPhone, iPad ou iPod touch.

No entanto, uma pesquisa da Flurry, cujo serviço de análise é executado em cerca de 350 mil aplicativos móveis, constatou que, em 2013, 90% dos aplicativos iOS eram gratuitos. Entre 2010 e 2012, esse índice era de cerca de 80% a 84%.

"As pessoas querem conteúdo gratuito mais do que elas querem evitar anúncios ou ter a versão completa da ferramenta", explica Mary Ellen Gordon, diretora de análises da Flurry.

Em abril de 2013, o preço médio de apps para Android (levando em conta gratuitos e pagos) foi de US$ 0,06, enquanto no iPhone foi de US$ 0,19 e no iPad chegou a US$ 0,50.

Para o TechCrunch, isso coloca o universo de aplicativos num modelo como o de TV, rádio e on-line. Ou seja: as pessoas podem não gostar de anúncios, mas elas estão dispostas a tolerá-las em troca de conteúdo gratuito.

Se isso também ar a valer para redes sociais, é possível que o Ello não arrecade muito com seus aplicativos.

Seriam más notícias para a startup, que captou US$ 435 mil do fundo FreshTracks Capital e está gerando buzz principalmente por prometer aos usuários uma experiência livre de anúncios. O manifesto do site diz aos usuários que eles "não são um produto", e que o Ello não vai vender os seus dados.

Isso não significa, no entanto, que a rede não está rastreando os usuários. Ela coleta informações como a localização de quem a, a linguagem e o tempo gasto ao visitar o Ello, mas faz isso de forma anônima. 

O portal não coleta informações pessoais, ou seja, dados como gênero e idade não são armazenados. Também é possível se inscrever na rede de forma anônima e optar por não permitir que o site recolha qualquer dado.

McQuivey, do Forrester, acha que a proposta de privacidade não tem essa força toda, uma vez que as verdadeiras atitudes da maioria das pessoas em relação a publicidade e uso de dados pode não ser tão negativas quanto dão a entender alguns comentários mais exaltados sobre o tema. 

"Podemos pensar que não gostamos de publicidade, mas o nosso comportamento sugere que essas empresas nos dão o que queremos e não nos importamos com o que eles fazem em troca. O fato é que ninguém nunca fez um movimento significativo de afastamento de algo na internet por causa de publicidade ou de dados”, relata.

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