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O modelo brasileiro de TV Digital não é um fracasso à espera de um relançamento apenas sete meses após da estréia oficial em São Paulo, mas uma decisão tecnologicamente acertada cuja adoção será um processo gradual ao longo dos próximos anos.
Foi esse, em linhas gerais, o ponto de vista defendido por Fernando Ferreira, diretor de Tecnologia do Grupo RBS, e Ara Apkar Minassian, superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Anatel, durante participação no Meeting de Tecnologia da Federasul desta terça-feira, 13.
Ambos palestrantes atribuíram o abundante noticiário enfatizando a pouca penetração e as dificuldades técnicas da TV Digital a uma campanha de pressão com motivos econômicos.
Operadores de telefonia e multinacionais estariam interessadas em influenciar a escolha de países vizinhos como Chile e Argentina, que no momento definem seus padrões, pelo modelo europeu e não pelo japonês, como fez o Brasil.
“Escolhemos tecnologia de ponta e não teremos que fazer adaptações em dois ou três anos. Não se trata de um novo PAL-M”, aponta Minassian. Para ele, assuntos como formato de compressão e transmissão – os motivos técnicos que justificaram a escolha pela tecnologia japonesa -, serão comoditizados em um futuro breve.
A oportunidade para o Brasil estaria no desenvolvimento de aplicativos interativos para rodar sobre o middleware brasileiro, o Ginga. O superintendente da Anatel minimizou os atrasos no projeto, assim como as polêmicas em torno do pagamento de royaltes pelo uso do mesmo. “Não há quase nada feito em termos de interatividade no mundo todo”, afirmou Minassian.
O alto custo dos adaptadores dos televisores digitais, conhecidos como set up boxes, que custam hoje entre R$ 500 e R$ 1,5 mil, quando o governo tem insistido na promessa de um preço em torno de R$ 160, foi minimizado por Ferreira. “Uma TV de plasma custava R$ 20 mil em 2005. Hoje se compra por R$ 2,7 mil”, exemplifica o executivo da RBS.
Segundo ele, a produção em escala dos aparelhos vai reduzir o preço e aumentar o número de espectadores digitais, estimado em janeiro em apenas 10 mil domicílios em São Paulo. “Os primeiros planos de negócios para celular da CRT falavam em 1,5 mil usuários no Rio Grande do Sul”, afirma Ferreira.
O executivo prevê para o segundo semestre do ano a entrada do sinal digital da RBS em Porto Alegre e Florianópolis. Em termos nacionais, a previsão é que o final da transmissão analógica se dê por volta de 2016.
Foi esse, em linhas gerais, o ponto de vista defendido por Fernando Ferreira, diretor de Tecnologia do Grupo RBS, e Ara Apkar Minassian, superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Anatel, durante participação no Meeting de Tecnologia da Federasul desta terça-feira, 13.
Ambos palestrantes atribuíram o abundante noticiário enfatizando a pouca penetração e as dificuldades técnicas da TV Digital a uma campanha de pressão com motivos econômicos.
Operadores de telefonia e multinacionais estariam interessadas em influenciar a escolha de países vizinhos como Chile e Argentina, que no momento definem seus padrões, pelo modelo europeu e não pelo japonês, como fez o Brasil.
“Escolhemos tecnologia de ponta e não teremos que fazer adaptações em dois ou três anos. Não se trata de um novo PAL-M”, aponta Minassian. Para ele, assuntos como formato de compressão e transmissão – os motivos técnicos que justificaram a escolha pela tecnologia japonesa -, serão comoditizados em um futuro breve.
A oportunidade para o Brasil estaria no desenvolvimento de aplicativos interativos para rodar sobre o middleware brasileiro, o Ginga. O superintendente da Anatel minimizou os atrasos no projeto, assim como as polêmicas em torno do pagamento de royaltes pelo uso do mesmo. “Não há quase nada feito em termos de interatividade no mundo todo”, afirmou Minassian.
O alto custo dos adaptadores dos televisores digitais, conhecidos como set up boxes, que custam hoje entre R$ 500 e R$ 1,5 mil, quando o governo tem insistido na promessa de um preço em torno de R$ 160, foi minimizado por Ferreira. “Uma TV de plasma custava R$ 20 mil em 2005. Hoje se compra por R$ 2,7 mil”, exemplifica o executivo da RBS.
Segundo ele, a produção em escala dos aparelhos vai reduzir o preço e aumentar o número de espectadores digitais, estimado em janeiro em apenas 10 mil domicílios em São Paulo. “Os primeiros planos de negócios para celular da CRT falavam em 1,5 mil usuários no Rio Grande do Sul”, afirma Ferreira.
O executivo prevê para o segundo semestre do ano a entrada do sinal digital da RBS em Porto Alegre e Florianópolis. Em termos nacionais, a previsão é que o final da transmissão analógica se dê por volta de 2016.