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Em breve, nas ruas de São Paulo e do Brasil. Foto: Divulgação.
A Chestfit quer transformar o exército de 280 mil de entregadores nas ruas da grande São Paulo em uma plataforma de publicidade, colocando telas de alta definição capazes de transmitir anúncios nos baús das motos e nas mochilas dos entregadores.
Seria uma nova fronteira para o que no jargão se conhece como mídia out of home (OOH), ou, para ser mais prático, as telas de publicidade que se veem em elevadores e em alguns táxis.
Todos os equipamentos são conectados à internet e acompanhados por GPS, possibilitando sua atualização e rastreamento em tempo real, para inclusive a gestão e compra de mídia, com a possibilidade de decidir frequência e localização exata de veiculação.
O sistema é autônomo, sem qualquer necessidade de interferência na mecânica ou elétrica das motos.
"É uma oferta única para marcas estarem exatamente onde pretendem, com muito mais exposição. Ao mesmo tempo, os entregadores garantem uma renda extra sem nenhum esforço além do seu trabalho tradicional, sendo uma relação ganha-ganha para todos os envolvidos”, destaca Aluisio Mol, fundador e CEO da Chestfit.
Inicialmente, o serviço estará disponível em 500 telas espalhadas por São Paulo, mas o plano é chegar a 2021 com expansão na cidade e em outras capitais do País, chegando a 60 mil telas.
De acordo com a Chesfit, essa quantidade de telas posicionaria a empresa entre as maiores empresas de OOH do mercado brasileiro. Em seu Linkedin, Mol compartilha uma meta mais ousada: chegar a uma receita de R$ 750 milhões em cinco anos.
Os entregadores se tornaram parte da paisagem urbana no Brasil. Desde 2018, o número vinha aumentando, embalado pela alta do desemprego e a popularidade crescente de aplicativos como Uber Eats, Loggi, iFood e Rappi.
O coronavírus representou mais um empurrãozinho. Só em São Paulo o número aumentou 20% desde o início da pandemia, de acordo com o sindicato da categoria.
Não há dados oficiais concretos sobre o número de entregadores de empresas de aplicativos no Brasil.
Segundo a agência de notícias Reuters, somente a iFood conta com 140 mil cadastrados e 200 mil terceirizados que atendem diretamente restaurantes.
A massa de entregadores é o centro de um novo ecossistema de serviços, similar ao que surgiu em torno dos motoristas de Uber e outros aplicativos em seu momento.
A Mottu, uma startup de aluguel de motos para entregadores com operação em São Paulo desde fevereiro, acaba de captar US$ 2 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela Caravela Capital.
Também colocaram dinheiro na empresa Elie Horn, fundador da Cyrella, José Galló, ex-CEO da Lojas Renner.