
Foto: Depositphotos
Uma pesquisa realizada pela consultoria americana AlixPartners mostrou como a ascensão dos e-commerces impacta os estoques das lojas físicas: nas 30 varejistas estudadas, apenas 9% da sua variedade de roupas femininas disponíveis on-line estavam no estoque das unidades.
Segundo o site InvestNews, grandes varejistas como a Walmart possuem apenas 2% desses produtos on-line disponíveis nas lojas físicas. Já as lojas de departamento contam com 7% da variedade on-line presente fisicamente.
Quando a pesquisa avança para outros produtos, a disponibilidade aumenta, mas ainda de forma pouco significativa.
Em média, 12% das jóias vendidas on-line estão disponíveis em joalherias. Em lojas de artigos esportivos, esse índice sobe para 16%. Em calçados, chega a 18%.
O nicho que se sobressai é o de varejistas especializados, que mantêm 33% dos produtos disponíveis em lojas com atendimento humano.
Humano, mais ou menos. Com a redução de estoques, muitas dessas lojas optaram por substituir funcionários por totens eletrônicos, tornando a interação humana mais frequente apenas no momento da retirada do produto.
Com a pandemia, muitas lojas migraram seus produtos para o e-commerce e investiram pesado para competir, por exemplo, com a Amazon, que possui um armazenamento e uma logística superiores aos de qualquer loja sem essa experiência.
Esses investimentos precarizaram as lojas físicas, levando a cortes de equipe, redução de gastos e diminuição de estoques nos endereços presenciais.
Apesar de as lojas afirmarem que o cliente tem livre escolha, os CEOs das varejistas prefeririam que as compras fossem realizadas presencialmente, pois, no on-line, boa parte do lucro é consumida por despesas com embalagens e envios.
Em outra pesquisa, realizada em 2024 pelo IBM Institute for Business Value com 20 mil pessoas em 26 países, 75% dos entrevistados afirmaram preferir a compra presencial, mas apenas 9% estão satisfeitos com a experiência, em grande parte devido à falta de variedade e disponibilidade de produtos.