Conforme a pesquisa, nos últimos doze meses 58% das companhias ouvidas fizeram esta revisão, avaliando a mobilidade global de executivos sob o ponto de vista de riscos financeiro, de compliance ou de reputação.

23 de fevereiro de 2011 - 13:50

Um estudo realizado pela Ernst & Young com 250 multinacionais de quatro continentes indica que 55% delas devem revisar sua política de expatriação nos próximos seis meses.

Conforme a pesquisa, nos últimos doze meses 58% das companhias ouvidas fizeram esta revisão, avaliando a mobilidade global de executivos sob o ponto de vista de riscos financeiro, de compliance ou de reputação.

De acordo com o estudo, em 54% das companhias, o maior problema é o pacote de benefícios que os colaboradores recebem quando vão trabalhar em outro país.

Do total, 67% afirmam que, neste quesito, a expectativa do profissional não é atingida. Em 2009, esse índice era de 56%.

“As lições aprendidas podem ser utilizadas para o planejamento futuro”, ensina Tatiana da Ponte, sócia-líder da área de Human Capital da Ernst & Young Terco.

A pesquisa mostra também que as empresas têm encontrado dificuldade na hora de reduzir custos na área de mobilidade de executivos.

Em 2009, por exemplo, 81% das companhias entrevistadas informaram que reduziriam os gastos do departamento.

Já em 2010, apenas 57% delas realmente reportaram ter tido menos gastos nesta área.

“Outro ponto a ser melhorado é a relação do departamento de RH na seleção dos candidatos que concorrem a uma vaga no exterior: somente 14% dos encarregados de cuidar da área de expatriação nos departamentos de RH estão envolvidos nessa escolha”, destaca Tatiana.
Repatriados

Em relação à repatriação dos profissionais que trabalharam durante algum tempo em outros países, somente 22% das companhias consideraram bom o processo de retorno.

Outras 45% consideraram o processo insatisfatório.

“As empresas têm de cuidar muito bem desses funcionários que estão alocados em outro país, pois, se eles voltam antes do prazo estipulado, a companhia pode ter uma perda considerável no retorno do dinheiro investido e o funcionário pode ficar insatisfeito”, completa Silvana Brock,  gerente sênior de Human Capital da Ernst & Young Terco.

A América do Sul e a África foram os locais que apresentaram o menor número de funcionários que voltaram antes do período combinado.

A pesquisa também mostra que 38% dos repatriados voltam para um novo cargo dentro da empresa.

Já 23% dos funcionários mudam novamente de país durante os dois primeiros anos de repatriação e 12% deles deixam as corporações.

Se esta demissão acontece, a companhia acaba por amargar uma perda considerável de investimento e de conhecimento, já que o funcionário que poderia agregar valor da experiência no exterior vai para outra empresa, avalia Tatiana.

Conforme o estudo, as companhias pesquisadas informaram mudanças na hora de eleger qual é a principal fase no processo de seleção a uma vaga no exterior.

Em 2009, as empresas focavam na preparação (55%) e na seleção de candidatos (36%).

Em 2010, houve um mix de visões: preparação (26%), seleção dos candidatos (24%) e a candidatura por si só (27%).

A Ernst & Young é especializada em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e consultoria.
Em todo o mundo, tem 144 mil colaboradores.

No Brasil, a Ernst & Young Terco é o braço da consultoria, contando com 3,5 mil profissionais, que atendem a mais de 3,4 mil clientes, sendo 111 das companhias listadas na CVM.

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