Fairplace: empréstimo sem intermédio bancário 6u323u

Foi lançada, em abril, a Fairplace - rede social para obtenção de crédito sem intermediação bancária que propõe unir pessoas interessadas em investir seu dinheiro àquelas com necessidades de crédito. Incubada no Cietec da USP com investimento inicial de R$ 1,1 milhão, a empresa baseia-se em um modelo de negócios já difundido nos Estados Unidos, Inglaterra e Itália, desde 2006. 3m1i30

19 de abril de 2010 - 11:45
Fairplace: empréstimo sem intermédio bancário

Foi lançada, em abril, a Fairplace - rede social para obtenção de crédito sem intermediação bancária que propõe unir pessoas interessadas em investir seu dinheiro àquelas com necessidades de crédito.

Incubada no Cietec da USP com investimento inicial de R$ 1,1 milhão, a empresa baseia-se em um modelo de negócios já difundido nos Estados Unidos, Inglaterra e Itália, desde 2006.

"Trouxemos o modelo para o Brasil após acompanhar o seu desempenho nos Estados Unidos e seu sucesso no que diz respeito à captação de investimentos e união de pessoas. A partir daí, adaptamos o projeto para a legislação brasileira e o finalizamos em 2009", explica o sócio Eldes Mattiuzzo, executivo com formação em Stanford e experiência de 14 anos no Unibanco sendo seis deles na área de créditos ao consumo.

Inicialmente, o faturamento virá exclusivamente das comissões de serviços que serão cobrados de quem toma um empréstimos e de quem investe. "Nada é cobrado antecipadamente. Apenas no caso de empréstimos e investimentos concretizados com sucesso nossas tarifas são cobradas”, declara Mattiuzzo.

Além disso, a empresa que planeja retorno de investimentos em dois anos vai apostar em contas para investidores heavy s, oferecendo serviços como istração de portfólios de empréstimo.

Segundo o executivo, a vantagem da transação direta entre as pessoas é o fim dos altos juros cobrados pelas empresas.

“Os bancos emprestam dinheiro com taxas de 50 a 100% ao ano. A poupança rende de 6 a 8%. No site, eliminamos essa intermediação e o valor da taxa é acordado entre as partes. Com isso, o retorno fica entre 16 e 20%", declara.

Para participar da rede, o internauta interessado em adquirir um empréstimo pessoal preenche um cadastro descrevendo o valor necessitado - numa margem que vai de R$ 1 mil a R$ 5 mil -, o que pretende fazer com o dinheiro e quanto pretende pagar de taxa ao mês.

Feito o cadastro, a empresa faz uma análise do pedido e da situação do solicitante no SPC para em seguida acionar os investidores. Candidatos com histórico de inadimplência ou alto risco não são aceitos e têm suas propostas recusadas antes mesmo de o processo ser iniciado.

“A ideia da Faiplace não é a facilitação de crédito, uma vez que analisamos com rigor o histórico e o comportamento de crédito do candidato no mercado, mas sim taxas mais justas para aqueles que precisam de dinheiro”, explica Mattiuzzo.

Em seguida, é organizado um leilão virtual, onde investidores escolhem os candidatos em que desejam investir e fazem seus lances. O valor mínimo de investimento é de R$ 50. Ao final do leilão, os lances de menores taxas são escolhidos e somados.

“Um empréstimo, portanto, pode vir de diferentes investidores, que são estimulados a pulverizar investimentos, reduzindo o risco e auferindo melhores retornos”, declara Mattiuzzo.

Para o investidor a vantagem está, garante o executivo, nos lucros maiores que o Fairplace proporciona. “Um empréstimo de risco médio chega a conceder retornos de 2 a 3% ao mês”, garante Mattiuzzo.

Apesar de novo no Brasil, o modelo parece ter despertado a atenção do internauta: nos primeiros dois dias no ar, o site registrou duas mil visitas, vinte mil pageviews, além de 300 pessoas cadastradas em busca de empréstimo, mais de 100 investidores e 50 pedidos de empréstimo.

Tecnologia
A plataforma de empréstimos foi desenvolvida pela Dextra Sistemas. O projeto foi desenvolvido com a metodologia de desenvolvimento ágil Scrum, utilizou linguagem Java EE com servidor de aplicações JBoss.

Segundo seus desenvolvedores, algumas das características do sistema implementado foram alta disponibilidade, fácil escalonamento em clusters, alta performance frente ao grande número de transações esperadas e baixo custo para manutenções e evoluções.

"A Dextra abraçou o projeto e não se limitou a cumprir as nossas especificações, mas contribuiu de forma decisiva com sugestões e melhorias para que pudéssemos lançar um site intuitivo e de fácil navegabilidade", elogia Mattiuzzo.

O case está disponível no site da Dextra, no link relacionado abaixo.

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