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Foto: Deposit Photos.
A velha história de roubo de celulares para o a aplicativos de banco, já bastante conhecida em São Paulo, agora tem atingido diversas vítimas no Rio Grande do Sul.
De acordo com o site GaúchaZH, a diferença é que, ao invés do roubo de celulares desbloqueados para facilitar o o aos apps, os ladrões aprenderam a desbloquear aparelhos protegidos por senha e reconhecimento facial.
Uma das vítimas é um comerciante de Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, que teve o aparelho furtado dentro do carro estacionado e sofreu o desvio de R$ 50 mil.
“Dez minutos depois que saiu o dinheiro da nossa conta, corremos até o banco, falamos com o gerente e ele disse que não poderia bloquear os valores”, relatou a vítima à publicação.
Já no celular de uma psicóloga de Porto Alegre, os criminosos geraram um prejuízo de R$ 20 mil através de dois empréstimos e transferências via Pix.
Nos dois casos, os aparelhos tinham o mecanismo de reconhecimento facial ativado. Junto aos celulares, foram roubados documentos das vítimas.
Para a Delegacia de Crimes Informáticos de Porto Alegre, a forma como os criminosos conseguem ar os aparelhos celulares ainda é um mistério.
“Pode ser que estejam se valendo de alguns instrumentos que tenham capacidade de fazer o desbloqueio. E também contaria com alguma falha na segurança, proporcionada involuntariamente pelo próprio usuário”, disse o delegado Tiago Albeche ao GaúchaZH.
Ronaldo Prass, especialista em tecnologia entrevistado pelo site, acredita que haja um desbloqueio do sistema de segurança do aparelho, seja da senha numérica ou da biometria.
“A partir daí, como existe um compartilhamento da senha biométrica para todos os aplicativos aos quais o usuário ativou essa opção, os criminosos conseguem ar também os aplicativos bancários e realizar as operações”, teoriza Prass.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomenda o ajuste de limites para transações nos aplicativos e, em caso de roubo, a notificação imediata do banco.
“Não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. Para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente. Além disso, as transações estão protegidas por token, biometria facial ou qualquer outro fator de segurança randômica que o banco do cliente ofereça”, defende a instituição em nota.
Segundo a Febraban, os bancos investem cerca de R$ 30 bilhões por ano em tecnologia, sendo que deste total, 10% são voltados para a cibersegurança.