A liberdade de quebrar regras, se elas forem estúpidas. Este é o interesse de Peter Sunde, fundador do Pirate Bay, reafirmado durante a palestra “#spectrial - how piracy became theatre”, nesta quinta-feira, 25, durante o Fisl 10.
Com lotação máxima, a palestra tratou da briga com as grandes corporações da indústria norte-americana e os representantes de copyright.
“Nunca estivemos lá [EUA], não queremos ir e nem mesmo gostamos deles. Então como é que podemos ter quebrado suas regras?”, referindo-se a uma das primeiras cartas recebidas com ordens de retirar o site do ar sob alegação de quebra dos direitos autorais.
Após apresentar o histórico do site, Sunde comentou o julgamento definido por ele como “spectrial”, algo como julgamento fantasmagórico. “Não entendo como a indústria cultural pode perder dinheiro por nossa causa. É um teatro”.
Sunde contou anedotas sobre gravadoras, mandatos de prisão e a ideia de que teve em um dia de bebedeira: comprar a ilha Sealand, que fica ao sudoeste da Inglaterra com doações de usuários do Pirate Bay.
O local esteve à venda por US$ 6 bilhões e a idéia de compra preocupou representantes de direitos autorais que tentaram barrar a possível negociação divulgada pela mídia. Mas que, no entanto, nunca existiu.
“Tudo isto prova que com pouco dinheiro podemos causar grandes danos”, comentou dando risadas que contagiaram a platéia. Ao final da apresentação, uma pequena multidão se reuniu em torno do sueco de 30 anos para tirar fotos e conversar com Sunde.