O executivo comentou os movimentos da multinacional americana no sentido de facilitar a interoperabilidade de suas soluções através da abertura de código. "É uma necessidade de mercado. Já abrimos o código do software das urnas eletrônicas para auditoria, para pesquisa universitária e para que indústrias otimizassem algumas aplicações", explicou Prado.
"Não podemos negar a base de usuários da Microsoft. É preciso trabalhar com ela", concordou o diretor da Cooperativa de Soluções Livres Solis César Brod. "Cada vez temos que fazer menos engenharia reversa para fazer nossos sistemas se comunicarem", completou.
Libertas quae sera tamen
O debate foi apimentado pela intervenção do gurú da Free Software Foundation, Richard Stallman. Junto com alguns seguidores e aproveitando a data comemorativa, o americano gritou o slogan da inconfidência mineira "Libertas quae sera tamen".
"A Microsoft esquece que o tema desse evento é a liberdade, coisa que eles negam a seus usuários. Não há propósito na participação deles aqui", resumiu. Brod tem outra visão. Para o gaúcho, a presença da multinacional é "um momento histórico e uma vitória do movimento".
Prado disse que só não participou de uma mesa redonda oficial que não foi convidado. A organização do evento replica que sim convidou a Microsoft. Para horror de puristas como Stallman, a multinacional americana participa da feira Linux World nos EUA, e deve fazer o mesmo na primeira edição do evento no Brasil, em maio.