Gartner: Linux em alta. Mainframe, só IBM 434r5t

Nos próximos três anos, os sistemas operacionais de código aberto ganharão cada vez mais espaço nos mercados governamental e corporativo.

Hoje, o Windows é o sistema favorito destes segmentos, tendo movimentado cerca de US$ 19 bilhões em 2008, enquanto o Linux respondeu por US$ 9 bilhões. Entretanto, a tendência é que até 2012 a curva de crescimento do software open source seja superior ao da Microsoft.
18 de setembro de 2009 - 16:00
Gartner: Linux em alta. Mainframe, só IBM
Nos próximos três anos, os sistemas operacionais de código aberto ganharão cada vez mais espaço nos mercados governamental e corporativo.

Hoje, o Windows é o sistema favorito destes segmentos, tendo movimentado cerca de US$ 19 bilhões em 2008, enquanto o Linux respondeu por US$ 9 bilhões. Entretanto, a tendência é que até 2012 a curva de crescimento do software open source seja superior ao da Microsoft.

Contudo, a boa previsão é para as distribuições Linux – Unix, por exemplo, tende a registrar queda na preferência das empresas e governos.

As projeções foram apresentadas pelo vice presidente do Gartner, Carl Claunch, que realizou a palestra "Novas Tendências em TI e os Impactos no Setor Público" nesta sexta-feira, 18, em Porto Alegre.

Mainframe a caminho do fim
No evento, realizado pela Procergs, Claunch também sentenciou o fim do mainframe. “Somente o da IBM demonstra potencial de crescimento nos próximos três anos”, destacou ele.

Virtualização
Ainda segundo o VP, outra tendência para o próximo triênio, especialmente no setor governamental, é a expansão do uso da virtualização.

Dentro disso, as técnicas mais promissoras são a deduplicação, que, segundo Claunch, pode reduzir em até 40% o espaço utilizado pelas organizações para armazenamento de dados; a compressão/redução de dados e o SIS (Single Instance Storage), devido à facilidade que traz para os governos em processos de licitação, uma vez que permite a integração entre hardware e software de fornecedores diversos.

“A virtualização também apresenta uma tendência de longo prazo, voltada a mudanças no ambiente de PC. Dentro de alguns anos, se trabalhará muito com o conceito de portable personalities, ou seja: cada colaborador poderá levar sua área de trabalho para a máquina que quiser, o que facilitará o trabalho remoto e trará tranqüilidade em casos como o de um surto de gripe, que obriga ao afastamento dos servidores de seu habitual local de trabalho”, comentou Claunch.

Unified communications
Quem vai querer comprar de cinco fornecedores diferentes, quando poderá adquirir todas as ferramentas de comunicação de que precisa de um só?

Com esta questão, Claunch definiu que dentro de três anos o número de fornecedores deste setor deverá reduzir em até 50%.

“A tecnologia permitirá cada vez mais a consolidação das soluções e serviços”, afirmou.

Green IT
O conceito já é bastante presente na atualidade, mas, segundo o VP do Gartner, ainda não atinge a TI como deveria.

“Hoje, se fala em TI verde, mas a TI ainda não assume a responsabilidade que poderia. A gestão do consumo de energia elétrica nas empresas e governos, por exemplo, não está na mão deste setor”, avaliou. “Compartilhar esta gestão é uma forma de gerar ainda mais responsabilidade, na TI, pelo bom uso da energia, levando os profissionais deste segmento a pensarem e definirem ações cada vez mais focadas na otimização da utilização deste recurso”, sugeriu.

Redes sociais – Prós...
O que chamou de “social software”, Claunch também definiu como uma forte tendência para os próximos anos.

“Por meio de redes, estruturas, interativas e colaborativas, é possível identificar aspectos, preferências, necessidades de grupos”, destacou o VP. “Sendo assim, é muito válido para os governos utilizar esta tecnologia para criar suas políticas e determinar ações”, complementou.

... e contras
É claro que nem tudo são flores no uso das redes sociais ou coisa que o valha: sempre que um governo criar um blog, por exemplo, estará exposto a comentários de todos os tipos – negativos, inclusive.

“Porém, ao mesmo tempo que isso demonstra falhas, também aumenta a intimidade com o público, desde que a ferramenta seja utilizada para corrigir o que está imperfeito, aumentando o atendimento às necessidades dos grupos”, finalizou ele.