
Ao divulgar os resultados do segundo trimestre, na quinta-feira, 05, a Gerdau anunciou um reforço em seu plano de investimentos até 2014.
Agora, o valor total a ser aportado em escala global é de R$ 11 bilhões – 15,7% a mais do que o previsto anteriormente. Desse total, cerca de 80%, ou R$ 8,8 bilhões, deverá ser destinado às operações em território brasileiro.
O principal motivo que levou a Gerdau a revisitar seu orçamento para os próximos anos é a perspectiva de crescimento da economia brasileira, já que o mercado doméstico responde por aproximadamente 40% das vendas da empresa, segundo informa o Portal Exame.
O Banco Central, por exemplo, prevê um salto de até 13% no PIB da construção civil e de 12% no da indústria de transformação este ano – quase o dobro da estimativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2010, de 7,2%.
Entre as novidades estão um novo laminador de rolos, que atenderá os segmentos de construção civil e da indústria em geral. O projeto, cujo início de operação está programado para 2013, receberá recursos da ordem de R$ 490 milhões e ainda não tem local definido.
Outro destaque fica por conta do investimento de R$ 350 milhões que será feito em um novo laminador de aços longos especiais, voltado para atender à crescente demanda da indústria automotiva. Com capacidade instalada de 500 mil toneladas por ano, o equipamento iniciará as operações em 2012. O município que vai abrigar a operação deverá ser anunciado nas próximas semanas.
De olho na indústria de petróleo e naval, a Gerdau vai investir também na unidade de Ouro Branco (MG). Lá, a usina siderúrgica receberá um laminador de bobinas a quente, ando a ter dois laminadores – um para produção de chapas grossas e outro para fabricação de bobinas à quente.
Com o aporte, que será de R$ 2,4 bilhões, a planta alcançará uma capacidade instalada de 1,9 milhão de toneladas por ano. A previsão é de que essa operação, que só encontra concorrência hoje no Brasil na Usiminas, comece em 2012.
Nos Estados Unidos, onde a siderúrgica fabrica aços especiais utilizados pela cadeia automobilística, as perspectivas também são boas. Tanto que a produção de veículos, nesse ano, deverá alcançar 11,5 milhões de unidades, um patamar equivalente ao do período pré-crise.
“Os setores automotivo e de energia têm se recuperado com maior velocidade. Já a construção civil vai levar um pouco mais de tempo para atingir níveis semelhantes de crescimento nos Estados Unidos”, avalia André Gerdau Johannpeter, diretor-presidente da companhia.