
Coisas estão agitadas na Getnet. Foto: Divulgação.
A Getnet, processadora de cartões do Santander, mudou o comando da sua TI: saiu Plínio Patrão, nomeado para o cargo de VP de TI em abril em meio a uma mudança geral de cargos na empresa, e entrou Ricardo Roquette, ex-superintendente executivo de TI do Santander.
A informação é de fontes de mercado e foi confirmada ao Baguete pelo banco espanhol por meio da sua assessoria de imprensa.
Patrão é um executivo experiente no setor de pagamentos, contratado com agens por áreas de tecnologia da Cielo, Redecard e Itaú. Ele entrou na Getnet em 2017.
Roquette está desde março no Santander, vindo da SafraPay, operação de pagamentos do banco Safra.
Mas essa é a segunda agem pela empresa de Roquette, que já esteve no Santander entre 2006 e 2015, trabalhando como superintendente de TI na área de pagamentos. Ele também tem uma agem pela área de Sistemas da Rede.
Ao que parece, o Santander está ando um pouco de trabalho para encontrar o time certo na Getnet, uma empresa da qual assumiu 100% do controle neste ano, ao adquirir os 11,5% nas mãos do fundo Manzat e de Guilherme Alberto Berthier Stumpf por R$ 1,43 bilhão.
Em 2014, o banco já havia pagado outro R$ 1,1 bilhão para adquirir o controle do empresário gaúcho Ernesto Correa.
Na nota interna que divulgou a nomeação de Patrão, o presidente da Getnet, Pedro Coutinho, no cargo desde 2014, disse que "o que nos trouxe até aqui não irá garantir nosso futuro", o que envolve "transformar a Getnet em uma plataforma global do Santander".
No caso da TI, o comando da área na Getnet ficou entre 2003 e 2019 nas mãos de Cristian Cavalheiro, que no reajuste divulgado em abril ou a dedicar-se integralmente ao projeto de internacionalização da Getnet.
Ele foi diretor até a entrada do Santander, quando ou para o cargo de VP. O executivo foi analista de sistemas no Exército entre 1990 e 1997 e contratou alguns ex-colegas, o que dava a tônica das operações de TI do Getnet.
Depois de adquirir o controle, em 2014, o Santander começou a mudar os quadros da Getnet, trazendo por exemplo Pedro Coutinho, vice-presidente de desenvolvimento de novos negócios do banco, para assumir a presidência no lugar de José Renato Hopf.
Hopf foi quem vendeu o conceito da Getnet para Correa, um empreendedor que começou no ramo de calçados e cuja fortuna só é superada pela sua discrição. Ele era a cara visível da GetNet. Hoje, ele está engajado na 4all, um outro projeto igualmente ambicioso.