
Renato Panessa.
A Globalweb busca indicadores de negócios e canais de vendas, como parte de uma reformulação do seu posicionamento no mercado que deu maior ênfase em serviços de nuvem, junto com as áreas já conhecidas de desenvolvimento de software e e de TI.
A companhia tem 15 cidades em mente, espalhadas pelo interior de São Paulo e o Sul do país: Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Santos, Cubatão, Curitiba, Santo Antônio dos Pinhais, Londrina, Maringá, Cascavel, Florianópolis, ville e Porto Alegre.
A ideia é combinar “agente de negócios”, pessoas jurídicas focadas na indicação de novos negócios, junto com empresas parceiras, capazes de atuarem com na parte de consultoria e fidelização dos clientes.
“O foco está em buscar exclusivamente apoio comercial em localidades onde a companhia ainda não tem penetração”, afirma o responsável pelo projeto e também diretor da Globalweb Outsourcing, Renato Panessa.
Panessa frisa que não se trata de um programa “multinível”, um tipo de estratégia comercial que se baseia em fomentar indicações de produtos em grandes volumes e que muitas vezes é difícil de distinguir de um esquema de pirâmide.
“Todas as unidades terão um representante da rede locado nestes espaços, profissionais de TI com preparo comercial e com total capacidade de fazer um atendimento de forma consultiva”, agrega Panassa.
Hoje, a Globalweb Outsourcing tem escritórios no Rio de Janeiro, em Brasília e São Paulo, capital. Com este novo projeto a empresa acredita que, até o final do ano fiscal (março de 2019), consiga aumentar em 5% sua receita.
A Globalweb se resposicionou no final do ano ado como uma provedora de serviços de cloud broker, sendo dona de uma plataforma a partir da qual clientes podem comparar, comprar e pagar serviços de provedores de software, infraestrutura e plataforma na nuvem.
A empresa tem ainda 100 softwares oferecidos como serviço e os o atendimento de profissionais da equipe da Globalweb para implementação, oferecidos por um time de mais de 500 técnicos certificados.
A meta é chegar a um faturamento de R$ 200 milhões com a nova oferta, ao redor da qual a empresa está se reorganizando.
Na verdade, o plano da Globalweb faz parte de um reposicionamento maior da empresa, que tem uma experiência acumulada de 20 anos em gestão de data centers, service desk e outsourcing de TI.
A empresa vem procurando um novo rumo nos últimos anos. Em 2015 a Globalweb divulgou que estava buscando um sócio internacional para capitalizar o negócio, o que acabou não se concretizando.
No começo no ano ado, a empresa decidiu vender a Compusoftware, uma empresa do grupo com forte presença em tecnologia Microsoft, para os russos da Softline.
Não foi divulgado o valor da venda, mas a Globalweb cortou na carne: segundo foi divulgado na época, a Compusoftware respondia por 40% da receita.
Em 2014 a Globalweb teve um faturamento de R$ 481 milhões, 20% acima do que contabilizou no ano anterior. No último ano fiscal, encerrado em março de 2018, o resultado ficou bem abaixo, na casa dos R$ 280 milhões.