Governo Federal gasta R$ 274 milhões em tecnologia sem licitação 12f1c

Governo Federal e alguns tribunais contrataram sem licitação cerca de R$ 274 milhões em produtos e serviços do setor de tecnologia, segundo averiguações da Gazeta Mercantil, dentro do período que vai de dezembro de 2003 a outubro deste ano. São 64 contratos assinados sem concorrência, justificados pela "notória especialização" dos 37 vencedores.

Nesse universo empresarial, apenas 18 empresas detêm o controle sobre os 25 maiores contratos assinados no período (em valores acima de R$200 mil) e representam 96% dos recursos gastos. 4d4c1r

30 de novembro de 2004 - 17:20
Governo Federal gasta R$ 274 milhões em tecnologia sem licitação
Governo Federal e alguns tribunais contrataram sem licitação cerca de R$ 274 milhões em produtos e serviços do setor de tecnologia, segundo averiguações da Gazeta Mercantil, dentro do período que vai de dezembro de 2003 a outubro deste ano. São 64 contratos assinados sem concorrência, justificados pela "notória especialização" dos 37 vencedores.

Nesse universo empresarial, apenas 18 empresas detêm o controle sobre os 25 maiores contratos assinados no período (em valores acima de R$200 mil) e representam 96% dos recursos gastos. Para licitações com valores maiores que R$10 milhões, o número de ganhadores se reduz a seis organizações, que juntas recebem 87% da verba.

"Já é a hora de termos procedimentos claros, abertos e explícitos para a compra de software. O Ceti vai iniciar movimentos junto aos órgãos para criar uma situação que não favoreça só às grandes empresas”, manifesta César Leite, recém eleito presidente do Conselho das Entidades de TI do Rio Grande do Sul (Ceti). Leite também é taxativo ao atacar a justificativa dos gestores públicos para não trocar os fornecedores de tecnologia: o temor da interrupção dos serviços. "Não existe questão técnica que não possa ser resolvida com planejamento. Isso é uma desculpa", dispara.

Procurados pela reportagem do Baguete Diário, o diretor Presidente da Procempa, Joel dos Santos Raymundo, e o presidente da Procergs, Carlos Alberto Pacheco de Campos, não quiseram dar declarações.