
Gramado quer crescer como um pólo de empreendedorismo digital. Foto: Divulgação.
O Gramado Summit, evento que será realizado em agosto na cidade da serra gaúcha, quer ser o pontapé inicial para o crescimento do município como um pólo de empreendedorismo digital.
O evento acontecerá entre os dias 10 e 12 de agosto e tem a proposta de reunir startups, investidores e profissionais do meio digital.
“Queremos tornar a cidade numa Gramado Valley, onde empreendedores digitais receberão uma série de benefícios para aqui se instalarem. A Gramado Summit é start de uma grande revolução para o setor no sul do país e no Brasil”, destaca Marcus Vinícius Rossi, CEO do Summit, que atua no segmento de eventos há 18 anos.
De acordo com Rossi, há uma parceria com a prefeitura de Gramado para que o evento seja o palco de anúncios no segmento digital. Segundo ele, são estudadas vantagens a serem oferecidas para empreendedores, como isenção fiscal, e até a criação de um pólo digital e incubadora.
“As inspirações para a transformação de Gramado são as cidades de Recife e Florianópolis, que unem o turismo com o crescimento das empresas digitais”, relata Rossi.
A época do evento reforça o atrativo turístico da cidade, que tem no inverno rigoroso um de seus diferenciais. Além disso, a semana do Summit será a anterior ao Festival de Cinema de Gramado, buscando aproveitar o começo da movimentação no local.
Com pouco mais de 34 mil habitantes, a cidade gaúcha chega a receber 1,5 milhão de turistas, um número 44 vezes maior que os moradores fixos. A cidade fica a 115 km de Porto Alegre e a 69 km de Caxias do Sul.
Em Florianópolis, uma das referências para Gramado, existem hoje mais de 600 empresas de tecnologia e quatro fundos de venture capital.
Em março, o Peixe Urbano vai mudar sua sede do Rio de Janeiro para Florianópolis, criando cerca de 400 empregos na capital catarinense. Alguns fatores para a escolha da empresa foram o fato da de Florianópolis estar entre as melhores cidades para se fazer negócio do país em rankings como o da Endeavor, estar se consolidando como um polo tecnológico e oferecer melhores alíquotas tributárias.
Já Recife conta com o Porto Digital, um parque tecnológico com área de 80 mil m² e mais de 250 empresas. Com mais de 8,5 mil profissionais em suas instalações, as companhias somam um faturamento anual que supera R$ 1 bilhão.
Uma dificuldade da cidade da serra gaúcha pode ser a falta de mão de obra local. Na capital catarinense, por exemplo, há 15 centros universitários, enquanto Gramado conta com unidades da UCS e da Unopar, além de uma faculdade de hotelaria.
Rossi aponta que, além dos futuros benefícios da prefeitura, a ideia é divulgar a qualidade de vida oferecida em Gramado para atrair startups.
Para estudar o interesse dos empreendedores, o site do Gramado Summit já recebe cadastro de profissionais que desejam receber as novidades e promoções sobre o evento, informando sua categoria entre as opções de visitante, startup, investidor ou partner.
Alguns palestrantes confirmados para o evento são João Cox (Cox Investments & Advisory), Mauricio Perucci (Perucci Consultoria Empresarial), Rodrigo Koetz (Teevo), Thomás Capiotti (AGS), Eduardo Mendes (Hotel Urbano) e Guilherme Bortoli (Orgânica).
O evento ainda vai selecionar 36 startups para apresentarem seu projeto a um grupo de 30 investidores.