COVID-19

Gramado rastreia exposição ao coronavírus com Smart Tour 1r5z2z

Cidade turística gaúcha foi a primeira a adotar ferramenta, também utilizada em Florianópolis. 6t6449

12 de agosto de 2020 - 16:38
Ferramenta é obrigatória nos estabelecimento de Gramado. Foto: Cleiton Thiele.

Ferramenta é obrigatória nos estabelecimento de Gramado. Foto: Cleiton Thiele.

A cidade de Gramado, na serra gaúcha, adotou a solução da Smart Tour, catarinense que atua com geração e inteligência de dados para o turismo, para rastrear os contatos de pessoas que testam positivo para Covid-19.

Com a chamada Smart Tracking, os estabelecimentos comerciais se cadastram na plataforma e recebem um QR Code, que fica à vista dos clientes. Os frequentadores dos locais precisam, então, fazer um cadastro para integrar o banco de dados, sem a necessidade de baixar aplicativos.

Sempre que o cidadão for a um estabelecimento, lê o QR Code do local, como uma espécie de check-in.

Quando alguém cadastrado na plataforma é diagnosticado com Covid-19, os órgãos de saúde do município conseguem ar o banco de dados e identificar todos os estabelecimentos por onde essa pessoa ou nos 15 dias anteriores ao diagnóstico. 

A partir daí, um aviso é enviado para que o proprietário tome as medidas necessárias para proteger o local e a equipe. Os demais clientes que estavam no estabelecimento durante o mesmo período também são avisados, sem a identificação do local de possível exposição ao vírus.

O banco de dados é universal, ou seja, não é ao município do usuário, com o rastreamento podendo ser feito em todas cidades que contem com a tecnologia.

Segundo a empresa, a plataforma não identifica os usuários e foi desenhada de acordo com as regras da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ao regimento europeu de proteção de dados e à lei da Califórnia, nos Estados Unidos, sobre o assunto.

“A grande vantagem é que você mantém a privacidade, não utiliza GPS, aplicativo ou bluetooth, então a gente não te segue. Puxamos o trajeto que você fez apenas quando você é diagnosticado positivo, então o rastreamento em tempo real não teria utilidade”, afirma Jucelha Carvalho, CEO da Smart Tour.

Para a Smart Tour, a grande diferença entre a Smart Tracking e ferramenta do Google e da Apple, que está sendo utilizada pelo SUS, é a sua importância na retomada econômica, já que as empresas são avisadas e podem tomar as medidas necessárias.

Em uso em Gramado desde maio, a ferramenta se tornou obrigatória nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço da cidade em 3 de junho, através de decreto municipal.

Entram na conta os estabelecimentos identificados como restaurantes, lojas, hotéis, clínicas e hospitais, parques, supermercados, academias, igrejas e outros. A utilização não tem custo para as empresas, apenas para a prefeitura.

Entre os dias 25 de maio e 5 de agosto, mais de 79 mil check-ins foram realizados na cidade, sendo a maioria em outros (25.421 registros), restaurantes (20.563) e lojas (13.254).

Segundo a Gramadotur, autarquia que realiza os principais eventos do município turístico, a ideia é investir em novos formatos e novas tecnologias para garantir a segurança de eventos que podem acontecer ainda neste ano, como o Natal Luz.

“O sistema cria locais que se comunicam com seus visitantes em tempo real, o que nos ajudará a traçar o perfil do turista local e aprimorar ainda mais a experiência na cidade”, afirma Rafael Carniel de Almeida, presidente da Gramadotur.

A recuperação da hotelaria, por exemplo, vem sendo lenta no município. Segundo pesquisa feita pela Secretaria de Turismo de Gramado, em maio a ocupação foi de 16%. Em junho,  chegou a 24% devido ao feriadão de Corpus Christi e ao dia dos Namorados.

Quinze dias depois do início em Gramado, Florianópolis começou a utilizar a Smart Tracking e já se aproxima de 1,5 milhão de check-ins. 

“Não dá para comparar as duas cidades, pois Floripa tem uma movimentação infinitamente maior e pegamos o transporte público aqui. Agora ele está parado, mas tínhamos uma adesão em torno de 85%”, conta Jucelha Carvalho, CEO da Smart Tour.

Além das duas cidades, os municípios catarinenses de São Bento do Sul, Biguaçu, Rio Negrinho e Bom Jardim da Serra já contam com a solução, além da gaúcha Bento Gonçalves. 

A Smart Tour também está em fase final de contratação com o Governo do Estado de São Paulo, negócio que deve multiplicar consideravelmente o número de cidades usando a plataforma.

Fundada em 2017, a startup nasceu com a ideia de realizar a comunicação entre destino e o smartphone do turista, enviando conteúdo ao usuário e coletando métricas para os gestores públicos do turismo. Com a Covid-19, veio a criação da plataforma Smart Tracking.

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