Spoleto colocou suas fichas na Bonuz.
O Grupo Trigo, dono das marcas Spoleto, Koni Store e Domino's Pizza, decidiu apostar no aplicativo de fidelidade Bonuz, criado por uma startup carioca no mesmo nome.
O app, que inicialmente estará disponível nas mais de 330 unidades do fast food de comida italiana Spoleto e nos 70 restaurantes japoneses da Koni, substitui a velha mecânica dos carimbos em cartões.
Em compras acima de R$ 20, o cliente tira uma foto do cupom fiscal. Um software de reconhecimento de texto do aplicativo extrai a informação e soma os pontos. Depois de seis compras o usuário pode resgatar um brinde.
Segundo o diretor geral do Spoleto Henrique Pamplona, a projeção é obter com a ferramenta um incremento de 5% de novos clientes e aumentar em 30% a frequência dos usuários Bonuz ao longo de 2015.
O programa pode significar um ganho significativo. O Spoleto, representa quase 60% do faturamento do Grupo Trigo, que em 2013 atingiu R$ 732 milhões e está projetado para romper a barreira do R$ 1 bilhão no final de 2015.
A utilidade do Bonuz, no entanto, vai muito além de automatizar os velhos sistemas de fidelidade em papel. Através do Facebook Connect, os clientes da Bonuz podem ter o a dados sobre o perfil dos seus clientes.
“Combinada ao perfil do consumo nas lojas, essas informações permitem montar campanhas altamente segmentadas”, explica Marvio Alencar, CEO da Bonuz.
De acordo com o empresário, o serviço é cobrado por meio de uma taxa mensal para cada estabelecimento, em um valor na faixa dos R$ 120.
O CEO da Bonuz não abriu o valor do contrato com o Grupo Trigo, que certamente forçou um desconto considerável, mas, nessas cifras, só o Spoleto poderia render R$ 500 mil anuais para a startup.
O preço foi calculado com base em uma avaliação de quanto custaria montar um programa tradicional de fidelidade.
Alencar montou a empresa em abril de 2013, saído da Coca Cola, onde era gerente de operações nacional do projeto social Coletivo Coca Cola.
Para usar o jargão característico do meio de novas empresas de tecnologia, a Bonuz se organizou como uma lean startup em busca de um MVP (ou seja, partiu de uma ideia básica em busca de um protótipo viável).
O Grupo Trigo, também sediado no Rio de Janeiro, foi a primeira grande empresa do segmento de alimentação a botar suas fichas no Bonuz. Outras devem logo seguir o exemplo.