
40 operadoras da América Latina no projeto de transparência de dados. Foto: flickr.com/photos/orbitingsoul
A GSMA, entidade que representa cerca de 220 operadoras móveis em todo o planeta, anunciou nesta segunda que mais de 40 operadoras da América Latina iniciaram o projeto de transparência de dados na região.
A iniciativa prevê uma série de medidas nos países em que possuem operações, para ajudar os s a melhor entender a cobrança de roaming e o uso de serviço de dados quando em viagem, evitando aquelas "surpresinhas" desagradáveis na conta telefônica.
Entre as medidas camaradas que integram o projeto estão o envio de torpedos para relembrar os clientes das tarifas de roaming assim que estes chegarem em outro país.
Outra solução apresentada é a implementação de um limite mensal de roaming, assim como suspender o serviço de dados caso este limite seja ultraado.
APOIO
O projeto é apoiado por grupos de operadoras, incluindo América Móvil, Antel, Entel Chile, Millicom, Oi, Orange, Telecom Itália e Telefônica.
As MNOs - operadoras de redes móveis, na sigla em inglês - que participam desta iniciativa representam mais de meio bilhão de s de telefonia móvel na região.
“A região da América Latina é singular, portanto é muito importante que ajudemos os usuários a entender melhor os custos que podem ter e promover uma experiência semelhante aos consumidores quando estiverem em roaming,” disse Javier Delgado, presidente do Chief Regulatory Officers Group da GSMA Latin America.
ATÉ 2013
Todas as operadoras latino-americanas nacionais pertecentes aos grupos acima citados concordaram em implementar essas medidas até o final do primeiro semestre de 2013.
A GSMA tem promovido a adoção de medidas de transparência de roaming entre seus membros, quase 800 operadoras de telefonia móvel ao redor do globo, dando sequência ao lançamento da iniciativa, realizado em junho.
O serviço de roaming na América Latina vem crescendo continuamente desde a redução, em 2007, de até 80% nos custos em alguns países, por meio de tarifas inovadoras e pela expansão de servicos adicionais a clientes.
Entretanto, a disponibilidade desse serviço de roaming ainda é restrita, por vários fatores, como por exemplo a dupla tributação, que pode aumentar em até 40% a conta final do usuário.
“O crescimento do uso de dados na América Latina é decorrente do aumento de smartphones, tablets e nova geração de aparelhos; e nós continuaremos a trabalhar com as operadoras regionais para oferecer servicos personalizados e transparentes”, afirmou Delgado.
NO BRASIL
A atuação da GSMA no Brasil se intensificou em julho, com a abertura de um escritório da entidade em Brasília.
Liderado por Amadeu Castro Neto, ex-CEO da Acel, a GSMA-Brasil trabalha assuntos como o PNBL, NFC, faixas de frequências para serviços móveis, além de difunfir suas iniciativas em áreas como saúde, educação, automotiva e cidades conectadas, entre outras.