
Gráfico mostra o sistema de segurança dos sistemas do Detran-DF e Detran-RS. Foto: Pexels.
Hackers invadiram o sistema do Detran do Distrito Federal, apagando multas de 612 veículos num total de R$ 1,3 milhão.
Também foram removidas restrições judiciais e istrativas para outros 80 carros, permitindo o licenciamento e a transferência de propriedade de veículos com pendências.
A fraude foi revelada pelo Ministério Público e Polícia Civil do Distrito Federal que cumpriram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e oito mandados de busca em residências e no trabalho dos investigados nesta quarta-feira, 29.
A invasão dos sistemas aconteceu no período compreendido entre maio de 2019 a janeiro de 2020.
As informações colhidas até o momento apontam que fraudes foram realizadas por meio de o ao sistema do Detran-DF pela Internet.
Em nota, o MP diz que os hackers “se aproveitaram de vulnerabilidade existente”, sem dar maiores detalhes.
A origem do ataque está mais clara: as fraudes foram encomendadas pelos proprietários e usuários dos veículos a despachantes que contratavam o serviço dos hackers.
Também está envolvido um servidor cedido ao Detran-DF, que “reava informações internas”.
Em janeiro de 2019, a Polícia Civil gaúcha desarmou um esquema similar no Detran-RS, indicando talvez que o problema pode ser disseminado em todo o país.
A fraude no Rio Grande do Sul foi um pouco mais longe, totalizando pelo menos 955 operações ilegítimas nos dados cadastrais de veículos.
Foram cumpridos 18 mandados e feitas quatro prisões, incluindo proprietários de revendas de automóveis, que se beneficiaram do esquema pagando menos taxas.
Os fraudadores tiveram o à senha de um funcionário, por meios ainda desconhecidos. De acordo com os investigadores, o servidor não é cumplíce.
De posse da senha, os fraudadores precisavam apenas tomar a precaução de fazer as alterações fora do horário de expediente e nos finais de semana, de tal forma a não “derrubar” o usuário real do sistema e levantar suspeitas.
“O caso chama a atenção pela fragilidade dos controles”, disse na época à Zero Hora o delegado Max Otto Ritter, da Deat.