.png?w=730)
Henrique Meirelles, membro do recém criado Conselho Consultivo Global da Binance (Foto: Divulgação)
A Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo por volume de negócios, anunciou Henrique Meirelles, ex-ministro da Economia e ex-presidente do Banco Central do Brasil, como membro do seu recém criado Conselho Consultivo Global (GAB, na sigla em inglês).
O grupo também conta com outros 10 especialistas em políticas públicas, governo, finanças, economia e governança corporativa dos Estados Unidos, Nigéria, Coreia, França, África do Sul, México e Alemanha, além de um representante da Europa como um todo.
De acordo com o site Cointelegraph, especializado no mercado cripto, a Binance não tem matriz estabelecida em nenhum país, mas sua holding está registrada nas Ilhas Cayman, com conexões na China, Japão, Malta e Seychelles.
O CEO Changpeng Zhao, de nacionalidade chinês-canadense, mora em Singapura, e os funcionários da corretora estão espalhados geograficamente.
Segundo a empresa, o objetivo do conselho é orientar a Binance em questões regulatórias, políticas e sociais, inclusive de compliance, que impactam criptoativos, blockchain e Web3.
"Nos últimos cinco anos, enfrentamos questões complexas das quais não se tinha conhecimento. O GAB representa o próximo grande o em nossa jornada para compartilhar os benefícios das finanças modernas e da blockchain com o mundo inteiro", destaca Zhao.
Para Henrique Meirelles, a tecnologia blockchain e as criptomoedas vão definir o tom dos serviços financeiros do futuro, oferecendo benefícios para as economias, a inclusão financeira e a qualidade dos serviços ados por pessoas em âmbito global.
"O Conselho Consultivo Global da Binance, sendo composto por renomados especialistas em diversas áreas, terá um papel relevante em ajudar esta indústria nascente e em crescimento a se estabelecer à medida que as regulações em todo o mundo se desenvolvem, para que assim possamos trabalhar para construir um ecossistema seguro e sustentável para todos", afirma Meirelles.
O brasileiro foi presidente mundial do BankBoston e presidente do BankBoston Brasil, onde atuou entre 1974 e 2002 – ano em que se aposentou e entrou para a política.
Na época, Meirelles foi eleito deputado federal pelo PSDB, mas renunciou ao cargo para ser presidente do Banco Central do Brasil, cargo em que ficou entre 2003 e 2011, durante o Governo Lula.
Depois disso, foi ministro da Fazenda entre 2016 e 2018, durante o Governo Temer. Em 2018, candidatou-se à Presidência da República pelo MDB. No ano seguinte, assumiu como Secretário de Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, governado por João Doria (PSDB).
Hoje, Meirelles é filiado ao União Brasil, criado a partir da fusão entre o Democratas e o Partido Social Liberal. Nos últimos dias, virou notícia por declarar apoio à candidatura de Lula à Presidência, o que gerou especulações sobre a posição que deve ocupar no governo caso o candidato vença as eleições.