
A Horus recebeu um aporte do FIP. Foto: Divulgação.
O Fundo Inovação Paulista (FIP), criado pela Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), acaba de anunciar um aporte de investimento de R$ 3 milhões na Horus Aeronaves, startup desenvolvedora de drones para mapeamento aéreo.
Com o aporte, a empresa buscará oferecer soluções ao mercado do agronegócio, ampliar a capacidade produtiva e abrir uma nova sede em Piracicaba, principal polo em agricultura tropical de precisão que abriga 37% das startups de agronegócios do país.
Em fase de investimento, o FIP, que tem patrimônio de R$ 105 milhões, busca pequenas e médias empresas e startups paulistas de base tecnológica dos setores de tecnologia da informação e comunicação, tecnologias agropecuárias, nanotecnologias e tecnologias em saúde.
Com o novo aporte, a Horus Aeronaves é a 13º empresa a compor a carteira do fundo.
“O estado de São Paulo tem vocação para a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias. O investimento em projetos inovadores que aumentem a competitividade das empresas paulistas está no DNA da Desenvolve SP e do Governo do Estado”, diz Milton Luiz de Melo Santos, presidente da instituição financeira criadora do Fundo Inovação Paulista.
O modelo de negócios da Horus Aeronaves surgiu após os sócios-fundadores Fabrício Hertz, Lucas Mondadori e Lucas Bastos identificarem uma oportunidade de mercado no desenvolvimento de aeronaves não tripuladas.
As imagens captadas por drones possuem informações que podem aumentar a produtividade da lavoura, reduzir custos e viabilizar o controle de pragas de maneira mais eficiente, mas estavam iníveis devido aos altos custos de operação da aerofotogrametria convencional, técnica de mapeamento que utiliza aeronaves tripuladas, equipadas com câmeras fotográficas métricas.
“Nosso principal objetivo é atender as necessidades dos clientes e oferecer as melhores soluções em aerolevantamento com drones para aplicações em agricultura de precisão. Nossa tecnologia é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento incentivados por programas de inovação”, afirma Fabrício Hertz, diretor executivo da empresa.
Por meio de sistemas de inteligência artificial e tecnologias embarcadas, a empresa também oferece serviços integrados, como uma plataforma de processamento de imagens que colabora com a interpretação dos dados.
“Nossas aeronaves possuem sensores bastante similares a sistemas utilizados apenas em satélites. Isso possibilita que, por meio dos nossos algorítimos de inteligência computacional, façamos diagnósticos precisos quanto aos problemas de manejo na plantação, prevenção de infestação de pragas e otimização no uso de insumos” destaca Lucas Bastos, diretor de projetos da empresa.