
Marcos Gaspar, diretor de Vendas de Servidores de Missão Crítica da HP no Brasil. Foto: Baguete.
A HP anunciou nesta quarta-feira, 30, a fabricação no Brasil de mais três modelos de servidores de missão crítica, com o que promete preços em média 20% mais baixos do que as máquinas importadas devido ao benefício tributário da Lei de Incentivo ao Processo Produtivo Básico.
Uma manobra para injetar competitividade à marca, que não revela o market share ou posição no ranking de servidores no país, mas ite a concorrência de nomes como IBM. A Big Blue já tem produção local de linhas como a Power, além da arma extra de storage, que falta à HP.
“Certamente a fabricação local desta linha nos garante mais competitividade no mercado de missão crítica”, afirmou o diretor de Vendas de Servidores de Missão Crítica da HP no Brasil, Marcos Gaspar.
Mesmo antes da produção local, os novos Blade Integrity BL860c i4, BL870c i4 e BL890c i4, que foram lançados globalmente em dezembro, já estavam disponíveis no país, vindos das fábricas da HP nos EUA e Singapura, ao preço médio de US$ 40 mil na configuração mais básica.
A partir de agora, a fabricação na unidade de Campinas vai garantir o suprimento total da demanda nacional, assegura Gaspar, mas os primeiros equipamentos da leva made in Brazil só chegam ao público em abril.
O executivo não abre os números de investimento, nem de capacidade produtiva da fábrica campinense, mas destaca que não houve incremento algum para a ampliação do portfólio produzido, que já inclui a linha X86 desde 1998 e outros servidores de missão crítica desde 2011.
Os novos servidores Integrity são equipados com processador Intel Itanium 9500, que promete pelo menos o dobro de desempenho em relação à geração anterior, com capacidade para dois, quatro ou oito núcleos por máquina.
O processador também oferece 32 MB de cache de último nível e energia térmica máxima de 170 W, com promessa de economia de energia na casa de até 80%.
“Como resultado, os clientes podem obter uma economia de até 33% no TCO destas soluções”, explica Gaspar.
Ainda segundo ele, os novos servidores também ampliam a capacidade de detecção de falhas, permitindo o alerta do problema-raiz, o que ajuda a evitar recorrências.
A nova linha Integrity mira o mercado de ambientes baseados em Unix, que, segundo a IDC, tem previsão de crescimento médio de 7,81% no Brasil nos próximos dois anos.
No geral, a consultoria informa que o segmento de servidores movimentou mais de US$ 56 bilhões no mundo em 2012, do que o Brasil levou fatia de 2,6%, em torno de US$ 1,4 bilhão.
Ou seja: há campo para crescer, e a HP deixa claro que pretende aproveitar o espaço, especialmente nas verticais de finanças, manufatura e Telecom.
Os novos HP Integrity também podem integrar projetos de cloud computing, com nuvem privada da HP ou de qualquer outro fornecedor, ressalta Gaspar.
“As plataformas Integrity são compatíveis com os sistemas operacionais HP-UX, HP NonStop e OpenVMS. Tecnologias como cloud, virtualização e Big Data são impulsionadores deste mercado”, finaliza o diretor.
* Gláucia Civa viajou a São Paulo à convite da HP.