
A Hewlett Packard Enterprise apresentou hoje um novo computador de memória única. Foto: Divulgação
A Hewlett Packard Enterprise apresentou hoje um novo computador de memória única, o mais recente marco no projeto de pesquisa The Machine.
O The Machine, maior programa de pesquisa e desenvolvimento da história da empresa, tem como objetivo criar um novo paradigma chamado de computação centrada na memória — uma arquitetura customizada para a era do big data.
"Os segredos para o próximo grande avanço científico, a inovação que vai reformular a indústria ou a tecnologia que mudará nossas vidas estão escondidos bem à vista, atrás das montanhas de dados que criamos todos os dias", afirma Meg Whitman, CEO da Hewlett Packard Enterprise.
O novo protótipo contém 160 terabytes (TB) de memória, o que lhe permite trabalhar simultaneamente com os dados contidos em cinco vezes o total de livros da Biblioteca do Congresso do Estados Unidos - ou seja, cerca de 160 milhões de livros.
A HBE destaca que jamais havia sido possível armazenar e manipular conjuntos de dados desse tamanho em um sistema de memória única.
Com base no protótipo atual, a HPE espera que a arquitetura possa ser expandida para um sistema de memória única na escala dos exabytes e, além disso, para um pool quase ilimitado de memória — 4.096 yottabytes. De forma contextualizada, isso equivale a 1 mil vezes todo o universo digital existente hoje.
Com essa quantidade de memória, será possível trabalhar com todos os registros digitais de saúde de todas as pessoas do mundo, todos os dados do Facebook, todas as viagens dos veículos autônomos do Google e todos os conjuntos de dados de exploração espacial ao mesmo tempo, por exemplo.
"Acreditamos que a computação centrada na memória é a solução para fazer a indústria de tecnologia evoluir de uma maneira que permita avanços em todos os aspectos da sociedade. A arquitetura que anunciamos pode ser aplicada a todas as categorias da computação — desde dispositivos de ponta inteligentes, até os supercomputadores", completa Mark Potter, CTO da HPE e diretor da Hewlett Packard Labs.
A computação centrada na memória coloca a memória, e não o processador, no centro da arquitetura de computação.
O novo protótipo baseia-se nas realizações do programa de pesquisa The Machine e conta com 160 TB de memória compartilhada distribuídos por 40 nós físicos, interligados por meio de um protocolo de malha de alto desempenho,
Além disso, inclui um sistema operacional otimizado baseado no Linux, executado no ThunderX2, o carro-chefe da segunda geração de SoC de soquete duplo compatível com ARMv8-A e otimizado para cargas de trabalho da Cavium.
Nesse ponto, o Business Insider destaca a quebra na parceria com a Microsoft em relação ao sistema operacional.
O protótipo apresentado hoje não se tornará um produto tão cedo, mas ilustra como o movimento da HPE para impulsionar a área de pesquisa e desenvolvimento pode em breve estar dando frutos. A HPE começou a olhar para novas arquiteturas pela demanda que virá de tendências como internet das coisas, aprendizado de máquina e inteligência artificial.
A empresa espera que o trabalho de computação centrada pela memória impulsione aplicativos corporativos.
O ZDNet relata, por exemplo, que a HPE descreveu como sua arquitetura de computação baseada na memória se mesclará com a suíte SAP S/4HANA. De acordo com a empresa, a arquitetura fornecerá escala para computação em memória, modularidade e confiabilidade.