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As operadoras de telecomunicações terão de se transformar para se manterem firmes no mercado, que tende a enfrentar quatro possíveis cenários nos próximos cinco anos, conforme sinaliza o estudo “Telco 2015” realizado pela IBM.
Primeiro cenário: a consolidação de sobreviventes. Segundo o estudo, esta possibilidade sugere que só terão sucesso as operadoras que reinventarem seus modelos de negócios, evitando a estagnação e o declínio de vendas.
As empresas terão de repensar suas ofertas para garantir interesse de investidores e clientes e assim não correr o risco de enfrentar uma crise financeira. Uma das tendências, conforme a pesquisa, deverão ser as soluções convergentes para unificar sistemas pré-pago e pós-pago.
Outra realidade apresentada pelo estudo é batizada de “Market Shakeout”. Nela, os investidores forçariam operadoras a desagregar seus ativos em diferentes unidades de negócios, e marcas do varejo ofereceriam os serviços aos consumidores.
Assim, o mercado seria ainda mais fragmentado, já que governo, município e provedores alternativos assumiriam as iniciativas para cidades pequenas ou áreas rurais.
Já os investimentos privados em infraestrutura de telecomunicações ficariam ainda mais concentrados nos grandes centros urbanos e as operadoras tentariam crescer investindo em ofertas de conectividade para provedores de aplicações e conteúdo, assim como para corporações e consumidores finais.
O terceiro quadro previsto pela IBM é a necessidade de consolidação ou formação de alianças entre as operadoras para competir com os principais prestadores de serviços.
Neste cenário, classificado como “Guerra de Gigantes”, mega-operadoras expandiriam seus negócios recorrendo a verticais específicas, como smart grids e e-health, para as quais forneceriam soluções de conectividade.
As operadoras também criariam serviços de conectividade e de conteúdo digital convergente.
Finalmente, o quarto cenário previsto é classificado como “Generative Bazaar” e sugere que, conforme a regulamentação e a tecnologia caminhem em direção ao o aberto às redes de telecomunicações, as barreiras entre operadoras e os principais prestadores de serviço não sejam mais tão claras.
Sendo assim, os detentores de infraestrutura uniriam suas redes e as ofereceriam de forma aberta para qualquer pessoa ou corporação, contribuindo para o rápido surgimento de novos prestadores de serviços.
Para realizar o estudo, a divisão de consultoria da IBM analisou diversas variáveis em 40 provedores de serviços distribuídos pela Europa, América e Ásia.