
Talvez o que os Estados Unidos precisam seja um garoto propaganda carismático. Foto: Walterson Rosa/MS.
A IBM decidiu que todos os seus funcionários nos Estados Unidos devem estar completamente vacinados até o dia 8 de dezembro, ou entrar em licença não remunerada.
A medida vale para todos os funcionários no país, estejam eles em home office ou trabalhando presencialmente.
A empresa não chegou a esclarecer o quão longa seria a licença não remunerada antes de uma eventual demissão. Existe a possibilidade de pedir uma isenção da medida por motivos médicos ou religiosos.
A IBM está seguindo a deixa do presidente Joe Biden, que assinou um decreto no último mês exigindo que prestadores de serviços do governo sejam vacinados, e vêm exercendo pressão pública para que o setor privado tome medidas para aumentar o número de imunizados no país.
“Exceções vão ser concedidas em circunstâncias limitadas. De acordo com as regulamentações do governo, testagem frequente ou a recuperação de uma infeção não serão aceitas no lugar da vacina”, disse um porta-voz da IBM ao site britânico The .
No momento, 56% da população americana está imunizada contra o coronavírus, o que é um indicador ruim, tendo em conta que o país começou a vacinação em fevereiro e tem vacinas disponíveis em abundância.
A título de comparação, o Brasil, com os problemas que são de conhecimento geral, tem 45% da população totalmente imunizada.
É difícil dizer quantas pessoas vão ser impactadas pela decisão da IBM. A empresa deixou de publicar dados abertos sobre a sua presença por países em 2010.
A decisão pode ter que ver com o fato do número de funcionários nos Estados Unidos ter sido superado naquela época pelos da Índia, o que é ruim para as relações públicas da empresa.
De qualquer forma, a IBM tinha ao redor de 105 mil funcionários nos Estados Unidos em 2010, quando a contagem mundial chegava a 426 mil. Hoje, depois de cortes de equipes, spin offs e outras operações, o número no mundo chega a 345 mil.