
Imóveis encalhados são problema. Foto: flickr.com/photos/rigues/
Começou a operar em agosto o ImovelBid, um novo site especializado em leilão de unidades encalhadas no mercado imobiliário paulista.
Os chamados “imóveis remanescentes”, unidades novas que não foram vendidas após 180 dias do lançamento são vendidas com descontos que podem chegar a 35%.
A lógica por trás dos descontos é: custa caro para as construtoras manter unidades encalhadas em diferentes edifícios e que os corretores preferem trabalhar os lançamentos, onde há mais opções, e por tanto, mais possibilidades de fechar a venda e faturar a comissão.
O ImovelBid foi criado por Tonico Dias, 25 anos, que trabalhava na construtora D Construtora e Incorporadora e procurou o site de leilões SuperBid para vender alguns imóveis encalhados.
“Chegamos a conclusão de que o modelo tradicional de leilão não funcionava para imóveis remanescentes, pois se tratam de construções novas, sem problemas judiciais e que não precisam ser adquiridas a vista”, explica Dias.
Assim, a SuperBid acabou criando um a nova unidade de negócios focada no novo mercado.
Atualmente, o site reúne cerca de 70 imóveis com preços promocionais na macrorregião de São Paulo, todos com descontos de até 35% em comparação ao valor de lançamento.
O site surge pouco mais de um ano depois do Realton, operação com a mesma proposta fundada por Rogério Santos, ex-diretor de Comunicação e Marketing da Tecnisa.
No lançamento, Santos afirmou que a página promete ainda entrar “em breve” em Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e mais meia dúzia de cidades.
Até agora, porém, o Realton opera apenas em São Paulo, algumas outras cidades no ABC paulista e em Campinas.
Há mercado para os dois. Até julho, o estoque de imóveis de São Paulo chegava a 16,9 mil unidades, mesmo após campanhas de desova das construtoras.
Mesmo com o resultado das promoções, o índice está acima da média anual de cerca de 18 mil imóveis, considerando o período de 2004 a julho de 2013.
De acordo com especialistas e entidades do mercado imobiliário, o ano ado, com queda de 27% nos lançamentos e ligeiro recuo nas vendas, foi considerado um momento de ajuste.