Indianos na TI gaúcha? 5m6a44

O Rio Grande do Sul pode estar a um o de sediar uma unidade de produção da TI indiana.

A HCL Infosystems, fabricante de hardware para computadores, displays, storage, POS, Kiosk e soluções para imagem, impressão, automação e telecom, ou esta segunda-feira, 09, conhecendo o mercado local, na companhia de representantes da  Secretaria Estadual do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) e da Caixa RS.
09 de fevereiro de 2009 - 15:45
Indianos na TI gaúcha?
O Rio Grande do Sul pode estar a um o de sediar uma unidade de produção da TI indiana.

A HCL Infosystems, fabricante de hardware para computadores, displays, storage, POS, Kiosk e soluções para imagem, impressão, automação e telecom, ou esta segunda-feira, 09, conhecendo o mercado local, na companhia de representantes da  Secretaria Estadual do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) e da Caixa RS.

A empresa, que conta com operações em 20 países, já mantém presença no Brasil por meio de um escritório em São Paulo. No Rio Grande do Sul, a idéia é instalar uma unidade produtiva, não se sabe ainda de que linhas de produtos.

Para isso, o presidente da HCL para as Américas, Shami Khorana, e o vice-presidente corporativo para a Índia, Rajiv Swarap, avaliaram hoje as instalações de universidades, incubadoras e empresas públicas e privadas, como Unitec, Tecnopuc, Randon, Marcopolo, Banrisul e Procergs.

O objetivo, segundo o pouco que o governo do estado divulga por enquanto, foi conhecer oportunidades de negócio e traçar o que seria um posicionamento ideal para prosperar no mercado gaúcho.

“Temos interesse em sediar uma unidade da empresa e buscaremos instrumentos que demonstrem nossa disposição em recebe-la”, declara o titular da Sedai, Márcio Biolchi. “O fato de terem escritório comercial em São Paulo auxilia em muito nas negociações”, complementa.

A companhia volta os olhos para o estado em um momento, digamos, não muito bom para seus negócios: no último trimestre de 2008, a HCL viu seu lucro líquido cair 32%, segundo o site The Economic Times.

Segundo o CFO da organização, Sandeep Kanwar, foi um resultado fora do comum para o período, motivado especialmente pela queda nas compras corporativas. “O consumidor empresarial tem estado lento nos últimos dois, três meses”, declarou ele ao noticioso indiano, alegando a atual recessão mundial como motivo para a alegada lentidão.

Com crise ou sem crise, a possível vinda da companhia divide opiniões no estado.

“Se a empresa vier para investir em mão de obra e colaborar com o ambiente de TI, então será favorável, como foi o caso da Dell, por exemplo”, opina o presidente do Seprorgs, Renato Turk Faria. “Porém, o impacto pode ser negativo, já que haverá ainda mais disputa pela mão de obra, que já é escassa na TI gaúcha”, complementa.

Já para a Assespro-RS, a avaliação sobre a instalação local da HCL depende das contrapartidas prevista.

"Não somos contra qualquer ação de atração de investimento que possa fomentar nosso setor. Porém, precisamos saber quais serão as contrapartidas oferecidas pela empresa. Se receber incentivos tributários, por exemplo, como retribuirá? Se for receber por receber, as empresas locais também quererão o benefício",  declara o presidente da Assespro gaúcha, Márcio Miorelli.