
Caixa contratou a Indra.
A Indra assinou dois contratos com a Caixa Econômica Federal no valor total de R$ 94 milhões, envolvendo serviços de TI para as áreas de empréstimo/financiamento e risco de crédito do banco federal.
Serão alocados 140 profissionais da Indra nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, bases estratégicas do banco, focados em desenvolvimento de software.
De acordo com a Indra, os níveis de serviço, projetos, testes e qualidade serão assegurados por “um conjunto de ferramentas tecnológicas avançadas, próprias e de mercado”.
A nota da multinacional não esclarece quais serão as ferramentas utilizadas, então não é possível saber se o contrato significa uma nova instância de adoção de software proprietário na Caixa, considerado até pouco tempo um bastião da adoção de open source no país.
Em julho, o banco fechou a compra de R$ 112,09 milhões em produtos Microsoft incluindo de milhares de licenças da suíte de escritório Office, do serviço de e-mail Exchange, sistemas operacionais para servidores, soluções de comunicação Lync, Sharepoint, bancos de dados SQL e um longo etc.
A CEF alegou que os projetos em software livre destinados a substituir as soluções proprietárias “não foram satisfatórias” e optou por no lugar por atualizar os produtos da plataforma Microsoft adotados nos anos 90 e sem updates desde 2000.
Independente das mudanças de orientação tecnológica que a compra possa trazer, o contrato marca uma volta em grande estilo da Politec à Caixa.
A empresa brasiliense de TI, historicamente um dos grandes fornecedores de tecnologia do banco, foi adquirida pela multinacional espanhola em julho de 2011 por R$ 219,5 milhões. Nos últimos anos antes da compra, a Politec havia perdido algumas licitações chave na CEF.
O negócio colocou a Indra no mapa no Brasil: a empresa faturava R$ 157 milhões no país em 2010, contra R$ 400 mihões da Politec, que tinha então 5 mil funcionários no país, contra 1 mil da Indra.
A Indra atende entidades financeiras de mais de 20 países e gerencia mais de 90 tipos de processos de negócio neste âmbito.
Na América Latina, a empresa atende aproximadamente 40% do volume total de todos os ativos bancários da região.