EM QUEDA

Indústria freia economia de Caxias em 0,8% c582

Setor sinaliza há algum tempo perda de capacidade produtiva e competitividade. 29c6f

01 de agosto de 2012 - 10:25
Indústria caxiense: cálculos apertados. Foto: Flickr.com/teegardin

Indústria caxiense: cálculos apertados. Foto: Flickr.com/teegardin

A economia de Caxias do Sul registrou queda de 0,8% no mês de junho, em comparação a maio, e 1% se comparada a junho de 2011.

A indústria foi o setor responsável pelo desempenho negativo, com decréscimo de 5,8%, segundo levantamento das Câmaras de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e dos Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade serrana.

Já, comércio e serviços apresentaram índices positivos em relação a maio: 7,2% e 3,8%, respectivamente.

VAI MAL
O Índice de Desempenho Industrial mostrou que a indústria vem sinalizando há algum tempo a perda da capacidade produtiva e da competitividade frente ao custo Brasil, que inclui carga tributária e legislação trabalhista.

De acordo com o levantamento, as compras (-11,7%) e vendas (-5,3%) industriais foram os indicadores que mais decresceram, seguidas de horas trabalhadas (-7,1%) e massa salarial (-5,8), em junho.

A utilização da capacidade instalada no município gaúcho também reduziu em 0,8% no mês analisado, o que representa uma ociosidade de 25%.

MENOS EMPREGOS
Em junho, foram fechados 173 postos de trabalho na cidade, queda de 0,10% no número de vagas na comparação com maio.

Novamente, o setor mais atingido foi a indústria, que demitiu 508 pessoas.

Em seguida, vem o segmento agropecuário, com 115 postos eliminados.

Os demais setores apresentaram evolução neste quesito.

QUEDA CONSTANTE, MAS VAI MELHORAR
Conforme o diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC, Alexander Messias, a economia de Caxias vem desacelerando em um processo contínuo.

“Até o momento, em 2012, o crescimento é de 0,8% e a evolução anual mostra desempenho de 1,3% em junho. A perspectiva é que o crescimento econômico em 2012 deva ser menor que em 2011”, opina o dirigente.

O diretor acredita, entretanto, que pode haver reversão da atividade industrial no segundo semestre deste ano.

Empresas como Marcopolo e Agrale, por exemplo, estão otimistas, garante o levantamento.

Para estas companhias, o segundo semestre deverá ser de “forte incremento nas vendas em função de medidas do governo federal”.

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
No comércio internacional, o saldo da balança comercial apresentou nova queda em junho e ficou abaixo de 30%, considerando o índice acumulado de 12 meses.

Em relação a maio, as importações apresentaram diminuição de 23,3% e as exportações, de 4,4%.

O Chile lidera o destino das exportações caxienses, seguido dos Estados Unidos e Argentina, que juntos somam mais de 40% do total.

Já o ranking dos países de origem das importações locais mostra que a China lidera com 25,3%.

Em seguida vêm Itália e Estados Unidos, com mais da metade das compras no exterior.

Os bens de capital continuam no topo da pauta tanto das exportações como das importações caxienses.