
Natalya Kaspersky é a dona da InfoWatch.
A InfoWatch, multinacional russa de soluções para prevenção de perda de dados [DLP, na sigla em inglês] acaba de nomear dois distribuidores para começar as suas operações no Brasil: a Pars e a Esyworld.
A companhia foi fundada em 2003 por Natalya Kaspersky, esposa do fundador da companhia de antí-virus Kaspersky. As usa empresas atuaram juntas até 2012, quando a InfoWatch se tornou uma empresa independente.
Assim como a Kaspersky nos seus início, a empresa é hoje basicamente concentrada na Rússia e em antigos países da União Soviética como Bielorrúsia, Uzbequistão e Cazaquistão, nos quais afirma ter 50% do mercado.
A lista de clientes inclui nomes como Banco de Moscou e a gigante de gás Gazprom.
“O mercado de DLP no Brasil e na América Latina, em geral, está em um estágio inicial. Não há ainda leis rígidas de proteção de dados, mas governo brasileiro presta muita atenção ao tema e orienta as companhias, especialmente as do setor financeiro”, afirma Andrey Sokurenko, Diretor de Desenvolvimento e Negócios da empresa.
De acordo com análise recente feita pelo Ponemon Institute, as companhias instaladas no Brasil gastam, em média, R$ 793 milhões por ano para reparar prejuízos, enquanto investem apenas R$ 117 milhões para proteger informações.
Em 23% dos casos, ocorrem ataques de hackers, enquanto que em 35% há falha do sistema e nos outros 42%, funcionários são culpados pelos vazamentos.
Os parceiros escolhidos pela InfoWatch parecem ter o perfil certo pela missão.
A Pars é especializada em software para engenharia, arquitetura, design 2D e 3D e sistemas de informações geográficas, cujas empresas usuárias, em tese, tem informação de propriedade intelectual valiosa para proteger.
Já a EsyWorld é uma velha amiga da família: foi a responsável por abrir por aqui os negócios da Kaspersky, em 2008, e atua basicamente com soluções de segurança.