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Só na grana viva agora, seu Bento. Foto: divulgação.
O uso de cartões de crédito e débito no Vaticano foi barrado pelo governo italiano, em função de preocupações com a falta de transparência nas operações financeiras da cidade-Estado.
Segundo destaca o Valor, uma fonte ligada ao Banco da Itália afirmou que a instituição negou ao Deutsche Bank Italy, até então o fornecedor dos serviços de pagamentos eletrônicos ao Vaticano, a autorização para mantivesse as operações.
A expicação para a medida é de que a Santa Sé não tem mecanismos de controle suficientes para combater operações de lavagem de dinheiro.
"O Banco da Itália não pôde dar a autorização porque o Vaticano, além de não respeitar a regulamentação de lavagem de dinheiro, não tinha os pré-requisitos legais. Isto é, não dispõe de legislação bancária e financeira e nem de adequada supervisão", afirmou a fonte.
Em nota, o Vaticano afirmou apenas que havia expirado o seu acordo com um banco que fornecia serviço de pagamento em pontos de vendas, que a interrupção nos pagamentos eletrônicos deveria ter curta duração.
A cidade-Estado também destacou que estava em negociação com outros fornecedores.
HISTÓRICO
As acusações de falta de transparência nas finanças do Vaticano já vem de longa data. Na década de 80, a cidade foi ligada a um escândalo envolvendo o presidente do Banco Ambrosiano, Roberto Calvi, encontrado morto em Londres.
O Banco Ambrosiano, que foi à falência, era o principal acionista do Instituto para as Obras de Religião, informalmente conhecido como banco do Vaticano.