
Escritório do Jusbrasil - Foto: Divulgação
A Jusbrasil, plataforma de inteligência jurídica, recebeu um aporte de US$ 86,1 milhões em rodada série D liderada pelo Warburg Pincus, um dos maiores fundos de private equity dos Estados Unidos.
Desde sua fundação, em 2008, a Jusbrasil foi apoiada por fundos de investimento como Monashees, SoftBank e Founders Fund, que, juntas, totalizaram cerca de US$ 128 milhões em captação de recursos.
A plataforma surgiu para atender o segmento B2C, facilitando o o a informações jurídicas ao público em geral. Fundada em Salvador, a plataforma tornou-se referência na busca de informações sobre processos e consultas judiciais de pessoas físicas e jurídicas.
Atualmente, a solução conta com mais de 1,2 bilhão de documentos públicos oriundos do Judiciário nacional, abrangendo mais de 1,4 mil fontes de dados jurídicos.
A legaltech possui aproximadamente 600 colaboradores e sua plataforma recebe 30 milhões de usuários únicos por mês, além de contar com mais de 80% dos advogados brasileiros cadastrados em sua base.
No mercado de fusões e aquisições (M&As), a companhia adquiriu a Bipbop, especializada na captura de dados de sites, portais e sistemas públicos e privados por meio de crawlers e machine learning. Além disso, incorporou a Jurídico Certo e a Teewa em 2018 e 2019, respectivamente, além da Digesto em 2021.
Com o investimento liderado pela Warburg Pincus, a Jusbrasil pretende fortalecer a sua infraestrutura tecnológica com foco em infraestrutura e segurança da informação, visando o desenvolvimento de soluções mais seguras e autônomas.
Além disso, a ideia é acelerar o desenvolvimento de soluções voltadas para áreas como risco, compliance e análise de dados jurídicos com foco no B2B e B2G, buscando atender empresas privadas e entidades governamentais.
Como parte de sua atuação em áreas governamentais, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) assinou um protocolo de intenções com a Jusbrasil para a promoção de pesquisas conjuntas, compartilhamento de informações e troca de experiências na análise de dados processuais.
Conforme informações divulgadas pelo site Startups, a legaltech mantém negociações com outras áreas do governo, que, inclusive, estão testando a nova solução.
Segundo executivos da empresa, a expectativa é dobrar a receita da operação B2B e B2G até 2025.