OPEN GPS

Lei propõe abrir dados dos táxis em POA 35d28

As emendas sugerem a integração dos dados da EPTC de monitoramento de táxis com a polícia e a abertura deles para a comunidade. 4n3951

07 de maio de 2013 - 17:57
Quem quer monitorar os táxis em Porto Alegre. Foto: divulgação.

Quem quer monitorar os táxis em Porto Alegre. Foto: divulgação.

Um projeto de lei prevê abrir ao público os dados obitidos pelo monitoramento dos táxis de Porto Alegre via GPS.

A iniciativa é do vereador Alberto Kopittke (PT) e foi feita através de uma emenda ao projeto da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e do Sindicato de Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi) para instalar equipamentos de GPS nos 3.921 veículos em circulação na cidade.

As emendas de Kopittke sugerem a integração destes dados com a polícia e a abertura deles para a comunidade e geraram reações adversas ao serem colocadas em discussão na manhã desta terça-feira, 07, na Comissão de Justiça da Câmara.

"Já imaginava que a proposta de abrir os dados de monitoramento seria algo difícil de emplacar, mas a de integrar a solução ao sistema da Secretaria de Segurança acho bastante válida", diz o vereador.

O projeto prevê que nos veículos, que terão um "botão de pânico", os chamados de emergência cheguem simultaneamente às centrais da EPTC e do Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública).

"Com esta integração, ganha-se tempo e aperfeiçoa-se o objetivo da solução, que é de trazer maior segurança à solução", afirma o vereador, que conta com o apoio do Sintáxi nesta emenda.

Para Vanderlei Capellari, diretor-presidente da EPTC, a obrigatoriedade por lei desta integração pode ser mais um empecilho do que uma ajuda.

"Já temos mecanismos de integração de dados e operações com a Secretaria de Segurança, e mantemos um diálogo constante quanto a isso. Esta regulamentação pode engessar este processo", observa.

Além disso, esta duplicidade de avisos de emergência pode criar despesas e deslocamentos desnecessários, diz o diretor.

"Existem casos em que não há a necessidade de chamar a polícia, como acidentes de menor porte.", explica.

DADOS ABERTOS
A outra emenda de Kopittke tem a ver com o conceito de cidades inteligentes e sugere que os dados que serão acompanhados pela EPTC sejam abertos para a comunidade.

O plano do vereador é que as informações de GPS dos taxis sejam livres para a criação de aplicações. Desenvolvedores podem usar estes dados para ajudar a população a encontrar taxis disponíveis nas proximidades, por exemplo.

"Não sou um especialista em tecnologia, mas creio que não seja caro para abrir estas informações. O custo ficaria na mão dos desenvolvedores que desejam usar estes dados", avalia.

Do outro lado, nem a EPTC quanto os representantes de taxistas concordam com a ideia, alegando que pode ser uma invasão de privacidade dos taxistas.

"Não há um ganho claro nem objetivo estratégico com esta proposta, sem contar que há o risco destas informações serem usadas em má fé", ressalta Capellari.

No entanto, o diretor ressalta que os dados, embora fechados para o público em geral, são abertos para o uso dos permissionários dos táxis.

"Se eles desejam usar estas informações do GPS para criar uma aplicação comercial e melhorar seu serviço, eles podem", afirma.

Se os dados já estão na nuvem, para abrí-los a despesa pode ser menor. Segundo avalia Rômulo Conceição, analista de sistemas da Solid IT, o o não se torna assim tão complicado.

"Se os custos de processamento e armazenamento já serão cobertos no projeto original, a abertura destes dados para um público maior resultaria apenas no aumento dos custos de tráfego, o que hoje em dia não é muito", observa.

APPS
E por falar em apps de táxis, vale lembrar que diversas startups estão apostando em iniciativas de rastreamento e solicitação de taxis para o consumidor.

Nos últimos meses, cerca de cinco novos apps foram anunciados no mercado, já de olho numa temporada rentável para o meio, com a chegada de eventos como a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos de 2016.

Empresas como a carioca Easy Taxi, que recentemente levantou R$ 10 milhões da Rocket Internet e a sergipana Taxiplon estão chegando ao mercado com suas soluções, de olho no crescente base de usuários de smartphones.

Em janeiro, a SaferTaxi também apresentou a sua solução, disponível em São Paulo e que conta também com facilidades de pagamento eletrônico via app.

Segundo dados do relatório Brazil Mobile Observatory, elaborado pela GSMA, o Brasil é o quarto maior mercado móvel do mundo, com mais de 260 milhões de dispositivos ativos.

Em Porto Alegre, a startup Ayza Tecnologia está testando em cerca de 100 taxis o Ayza Taxi Web, ferramenta para os usuários de taxi, assim como uma ferramenta de controle de corridas e movimento de ageiros para os frotistas.

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