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Marcos Malfatti.
A Level 3 fechou o ano fiscal 2017 com um faturamento acima de R$ 1 bilhão no Brasil, uma alta de 11% frente aos resultados do ano anterior.
O resultado foi revelado durante uma coletiva para imprensa em São Paulo nesta quarta-feira, 18, a primeira da empresa com o nome CenturyLink, depois da finalização da aquisição da Level 3 em novembro do ano ado.
Os resultados da operação brasileira contrastam com os da Level 3 como um todo, que ficaram estáveis na faixa dos US$ 8,1 bilhões no ano de 2016, o último com resultados divulgados, e mesmo dos da CenturyLink, que já com dois meses de faturamento da Level 3 adicionados ao seus resultados também ficou estável na faixa dos US$ 17,6 bilhões.
A compra da Level 3 pela CenturyLink foi um grande negócio nos Estados Unidos, movimentando US$ 34 bilhões.
Mas a verdade é que para a operação brasileira da Level 3 segue tudo “business as usual”.
Sediada em Monroe, uma cidade de 50 mil habitantes na Louisiana, nos Estados Unidos, a CenturyLink não tinha presença no Brasil (ou fora dos Estados Unidos, na verdade).
A empresa é forte em telefonia rural no sul dos Estados Unidos e comprou a Level 3 para atualizar sua rede com linhas de fibra óptica e competir com rivais como AT&T e Verizon no mercado americano.
Mais importante ainda, o CEO da Level 3, Jeff Storey, assumiu o comando da nova CenturyLink, inclusive oito meses antes do previsto.
A alteração indica que a CenturyLink não comprou a Level 3 para mexer profundamente na empresa, pelo contrário.
A equipe brasileira da CenturyLink é experiente nesse tipo de situações, já tendo ado por outras duas aquisições antes da atual.
A origem da companhia data do final da década de 90, quando da chegada ao país da Impsat, uma empresa argentina de telecomunicações focada no mercado corporativo.
Em 2006, a empresa foi adquirida pela Global Crossing, conhecida com um operador de cabos de fibra ótica submarinos e terrestre.
No final de 2011, a Global Crossing foi ela mesma adquirida, dessa vez pela Level 3, um player do mesmo mercado que estava visando ampliar sua presença na América Latina.
Ao longo desse tempo e dessas operações, a companhia sempre foi pilotada no Brasil por Marcos Malfatti.
“Nós temos hoje algo entre 3 ou 4% do mercado brasileiro, o que nos coloca entre as 10 maiores do país. O foco é ampliar essa participação”, resume Malfatti.
Maurício Renner viajou a São Paulo a convite da CenturyLink.