
Orlando Neves. Foto: Baguete
A Level 3 Communications Inc. está apostando no Brasil para manter os indicadores em alta.
Maior mercado da empresa na América Latina – com faturamento de US$ 290 milhões no ano ado, dando continuidade ao crescimento nacional médio acima dos 20% –, o país receberá ainda nesse semestre três novos serviços: CDN (content delivery network), Vyvx (focado em vídeos) e IaaS.
As ofertas são fruto de um upgrade realizado há três anos, quando a empresa aumentou a capacidade de tráfego internacional para equipamentos de 300 Gbps.
Na prática, o backhaul da Level 3 hoje trafega 1,5 Tbps de Fortaleza a Porto Alegre, dividindo a capacidade entre os clientes da empresa.
“E vamos mais que duplicar a capacidade nos links aos clientes, ando de 40 Gbps para 100 Gbps no segundo trimestre”, diz Orlando Neves, diretor de produtos de dados e internet da Level 3 Brasil.
Dentro dessa fibra, as novas ofertas serão lançadas ainda no segundo trimestre.
Os três recém-chegados ao portifólio estão sob o guarda-chuva de Neves, a área de dados, que responde por 70% do faturamento da empresa no Brasil. Um dos focos principais é o CDN.
Como “garoto propaganda”, a Level 3 terá o serviço de vídeos online Netflix, chegado em setembro do não ado no Brasil. A empresa já é parceira da Level 3 nos Estaos Unidos, onde tem uma área de VOD (vídeos on-demand) 80% maior que as operadoras de telecomunicações.
Somente no quarto trimestre de 2011, foram 2 bilhões de horas transmitidas aos norte-americanos.
Outros trunfos empresa são a transmissão ao vivo em alta definição do Super Bowl, um dos maiores eventos esportivos do mundo, pela rede NBC.
“Tudo trafegando conosco”, relembra Neves.
No Brasil, os serviços de CDN já têm clientes em potencial, como empresas de e-commerce que são usuárias da Level 3. Neves não revela quem são esses clientes, mas adianta que várias apresentações já foram feitas, em diversas regiões do país.
O serviço de CDN divide a informação em diversos servidores ao redor do mundo. Dessa forma, o o é facilitado e eventuais quedas e lentidões são previnidas.
No caso do Vyvx, trata-se de um produto focado na transmissão de vídeo. Serviços como IPTV são um dos alvos da Level 3.
“Já visitamos todas as televisões prospectando clientes e explicando a tecnologia”, adianta Neves.
Apesar de circularem sob um aporte de infraestrutura realizado desde 2009, o que também incluiu um amento na área de data centers de 5 mil metros quadrados para 7 mil, a empresa projeta novas extensões de fibra.
“Temos grande intenresse em Porto Alegre, e estamos analisando a possibilidade de ampliar a oferta de serviços para as cidades da Região Metropolitana”, finaliza.
No ano ado, a empresa teve um faturamento global de US$ 6,3 bilhões. São 10 mil colaboradores no mundo, 2 mil na América Latina e 500 no Brasil.
Entre os clientes estão nomes como BRF Brasil Foods, dona das marcas Perdigão, Sadia, Batavo e Elegê.
Os serviços da Level 3 são usados por usado para conectar 115 mil funcionários da BRF, em 77 localidades no Brasil, que incluem as cidades de Bagé e Alegrete, no Rio Grande do Sul.
* Guilherme Neves viajou a São Paulo a convite da Level 3