CONVENIÊNCIA E COMBUSTÍVEIS

Linx compra mais duas: Direção e Seller 3t4s30


11 de março de 2013 - 10:48
Alberto Menache. Foto: divulgação

Alberto Menache. Foto: divulgação

A Linx anunciou nesta segunda-feira, 11, a compra da gaúcha Direção, por R$ 26,5 milhões, e de ativos da Seller Corp, que tem sedes em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, por R$ 10,1 milhões.

Somadas, as adquiridas geraram negócios de R$ 26,6 milhões em receita bruta em 2012.

Criada há 43 anos, a Direção fornece soluções em cloud para meios de pagamento eletrônicos e softwares de automação comercial (POS), atendendo a clientes como Lojas Marabraz e Sonda Supermercados.

A empresa teve faturamento bruto de R$ 16,6 milhões no ano ado.

Já a Seller tem mais de 15 anos de mercado, com sistemas de gestão on premise e em cloud para a vertical de postos de combustíveis e lojas de conveniência.

O faturamento bruto da companhia em 2012 foi de R$ 9,9 milhões

“Trata-se de dois investimentos precisos, em linha com o racional que sempre utilizamos em aquisições, tendo em vista nossa entrada em uma vertical de varejo que ainda não atuávamos”, explica Alberto Menache, diretor presidente da Linx.

O executivo ressalta que a compra reforça a oferta de TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) da companhia, principalmente para redes menores de varejo, e amplia o portfólio de soluções em nuvem.

Para o vice-presidente de P&D da Linx, Nercio Fernandes, a entrada no setor de postos de combustíveis e lojas de conveniência merece destaque.

Ele cita dados da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes) segundo os quais houve aumento de 11,5% no faturamento dos postos no Brasil em 2011 em comparação com 2010, totalizando R$ 223,1 bilhões.

Já a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) indica que, ao final de 2011, havia 39.027 postos de combustíveis operando no Brasil.

Com a Direção e os ativos da Seller, sobe para 12 o número de aquisições feitas pela Linx nos últimos cinco anos.

Desde 2008, quando adquiriu a Quadrant, a companhia paulista não parou mais: com aporte do BNDES, comprou CSI, Inter Commerce e Formata.

Depois, vieram Dia System, CNP, a villense Microvix, General Atlantic, Spress e a gaúcha CustomBS.

A estratégia de crescimento por meio de aquisições foi definida pela Linx ainda em 2007, quando Menache divulgou o lançamento do Programa de Captação de Parceiros, com foco na compra de software houses fornecedoras de soluções complementares ao ERP Linx Global Fashion e com faturamento anual de até R$ 10 milhões.

IPO
O plano de expansão também tem outras vias. A abertura de capital em bolsa, por exemplo.

A Linx fez o primeiro IPO da Bovespa em 2013, entrando no Novo Mercado da BM&FBovespa, com captação de R$ 528 milhões na oferta inicial.

Destes recursos, 80% serão destinados à compra de empresas, afirma Menache.

“Conforme indicamos em nosso prospecto do IPO e em linha com as estratégias que apresentamos aos acionistas, a intenção é continuar procurando seletivamente aquisições no setor de softwares para varejo, tendo em vista a expansão da vertical, o fortalecimento da presença geográfica e a ampliação do portfólio de ofertas”, ressalta o presidente.

A empresa conta com mais de 1,5 mil colaboradores, distribuídos na matriz, filiais e escritórios em Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Jaboticabal, São Carlos e Montenegro, além de canais de distribuição no Brasil e no exterior.

A carteira de atendidos traz mais de 12,7 mil varejistas.

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