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Dennis Herszkowicz. Foto: divulgação.
A Linx, empresa nacional de tecnologia para o varejo, divulgou seus resultados de 2015, em que contabilizou uma receita operacional bruta de R$ 505,2 milhões, incremento de 22,3% em relação ao ano anterior.
A receita apontada pela companhia é fruto da combinação da receita recorrente e de serviços, ambas mantendo a tendência de alta. Em 2015, a receita recorrente atingiu R$409,8 milhões, com crescimento de 25,7% sobre 2014, e equivalente a 81% da receita bruta.
O EBITDA da empresa foi de R$121,6 milhões, 16,5% acima do valor obtido em 2014. O lucro caixa atingiu R$101,8 milhões, 4,3% maior em relação ao ano anterior.
Segundo destacou a Linx em nota, a companhia manteve um ritmo constante de crescimento mesmo em um período em que o varejo não tenha apresentado os melhores resultados.
De acordo com dados do IBGE, a queda ano a ano em agosto chegou a 6,9% no segmento, naquele que foi o quinto mês consecutivo de retração. Segundo as informações divulgadas, das 27 unidades da Federação, 23 apresentaram variações negativas no volume de vendas, em relação ao mês imediatamente anterior.
De acordo com Dennis Herszkowicz, vice-presidente financeiro e de RI da Linx, o cross-sell de soluções foi um dos aspectos fundamentais para a companhia manter seu crescimento.
“Com a desaceleração no ritmo de abertura de lojas, o mercado necessita de ganho de eficiência e encantamento do cliente, otimizando processos, economizando recursos e dando experiência diferenciadas ao consumidor. Por isso, reforçamos a venda de ofertas complementares aos softwares de POS e ERP para nossa base”, afirmou o executivo.
Ainda de acordo com Herszkowicz, o resultado demonstra a resiliência do modelo de negócios baseado em receitas recorrentes, “lock-in” com a base de clientes, inclusive com aumento da qualidade no atendimento, diversificação de verticais, geografias e portfólio.
Conforme apontou o VP, os destaques de 2015 para a Linx ficaram por conta dos segmentos de food service, farmácias, postos de combustíveis e lojas de conveniência.
A Linx, que nasceu focada no varejo de roupas, está bem posicionada para aproveitar essas oportunidades como resultado de uma grande campanha de aquisições nesses últimos anos: foram nada menos que 19 desde 2008, em ramos tão diferentes como lojas, farmácias e postos de gasolina.
As duas últimas, meses atrás, sinalizavam novos rumos. Foram compradas a catarinense Chaordic e a amazonense Neemu, duas companhias novas que são destaques no mercado brasileiro de personalização para e-commerce.
As compras devem custar R$ 78,6 milhões à vista, mais R$ 32,8 milhões relacionados ao atingimento de metas de 2016 a 2018, totalizando R$ 111,4 milhões.
Além das aquisições, a Linx está calçada por um grande empréstimo tomado em um momento estratégico. Antes do governo fechar as torneiras, em outubro de 2014, o BNDES aprovou a liberação de uma linha de crédito de R$ 102,8 milhões para a Linx.