A varejista gaúcha Lojas Colombo teve prejuízo de R$ 54,3 milhões no ano ado, revertendo o lucro de R$ 11,4 milhões obtido de 2010.
O motivo, publica o jornal Valor Econômico, foi uma autuação de R$ 80,2 milhões da Receita Federal, referentes à falta de recolhimento de impostos sobre o resultado da venda de 50% da financeira própria Credifar ao Bradesco em 2007.
A empresa também encerrou 2011 com dívida financeira líquida de R$ 140,5 milhões, ante R$ 76,9 milhões no exercício anterior.
Além do prejuízo, a multa resultou na redução de lojas, de 331 para 320, incluindo o fechamento dos dois únicos pontos de venda na capital paulista, abertos em 2009.
Conforme o balanço da rede, o fechamento das unidades de São Paulo e o fim das operações no segmento de pneus, que contava com cinco lojas, foram "ações de contingência".
Desde 2010 há boatos de venda da Lojas Colombo, tanto para a rede Magazine Luiza, há dois anos, quanto para a gaúcha Herval, possibilidade levantada no início desse ano.
Em entrevista ao Valor, o diretor de vendas César Anderson garante que a empresa não está à venda.
“Pelo contrário, seguimos investindo em expansão. Somente em novas lojas temos investimentos próximos a R$ 9 milhões previstos para este ano”, informou o executivo, em entrevista ao jornal.
Nesse ano, no entanto, deverão ser abertas 20 lojas, além mais um centro de distribuição, desta vez em Limeira (SP), o quarto no país. Os outros ficam em Sumaré (SP), Porto Alegre e Curitiba.
Apesar dos efeitos da multa na operação, o projeto do ERP Dymanics AX, da Microsoft, iniciado em 2010, não será afetado. A primeira fase da implantação deve entrar em produção ainda em 2012.
Segundo a Lojas Colombo, o software faz parte dos investimentos de aprimoramento da rede.
O projeto, que terá consultoria da MSBS Tridea, não marca só a entrada de um novo software de gestão na empresa, mas o início de uma nova cultura na área de TI.
Matéria do Baguete Diário publicada em outubro de 2010 explicava que até a opção pelo ERP MS, o sistema de gestão utilizado pela rede varejista era feito em casa, assim como diversas outras ferramentas de TI.
A adoção da ferramenta terceirizada dá início a um movimento de encerramento da equipe de desenvolvedores da Colombo, com a unificação das equipes, além de outras medidas.
O projeto também envolvia o investimento em dois novos servidores e storage.
Com 320 lojas, a rede Colombo 6,4 mil colaboradores. A receita líquida consolidada foi de R$ 1,32 bilhões, com variação positiva de 8,5% sobre o ano de 2010.